A Comissão de Relações Exteriores da Câmara, presidida por Eduardo Bolsonaro, é palco de pelejas entre oposição e governo.
É o preço de ser comandada por um filho do presidente da República.
A renúncia de Evo Morales vai acirrar ainda mais o clima, já tomado por discussões sobre Venezuela, Argentina, Estados Unidos e Israel.
Aliado de Eduardo, Luiz Phillipe de Orleans e Bragança já apresentou moção de apoio ao povo boliviano. Esse deputado foi o autor da moção de repúdio por Alberto Fernández, novo presidente argentino, ter defendido o Lula livre. Rodrigo Maia reprovou essa história. Entende ser palpite indevido em questão de outros.
A oposição, por seu lado, cobra que Eduardo paute moção de repúdio do PSOL contra seu apoio à volta do AI-5. Questionado na sessão passada, criticado pelos colegas do PSOL, ele respondia apenas:
“Perfeito”.
Glauber Braga, um dos autores e críticos da fala sobre o AI-5, reagiu.
“Não pautar esse requerimento é mais uma atitude e demonstração da marca autoritária do presidente da comissão. Não surpreende”, disse Glauber.