A deputada Fátima Nunes (PT) apresentou projeto de resolução na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) propondo a outorga da Comenda 2 de Julho, maior honraria concedida pelo Parlamento baiano, ao padre, teólogo, professor e ex-presidente do PT de Feira de Santana, Antônio Albertino Carneiro, natural de Riachão do Jacuípe.
Segundo a parlamentar, caso seja aprovada, a condecoração será em reconhecimento ao ativismo do homenageado “nas causas minoritárias na região do semiárido baiano, desempenhando um trabalho importante, com participação das comunidades associativas”.
No documento, Fátima Nunes (PT) lembrar que o homenageado por ela é licenciado em filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco. É também graduado bacharel em direito pela Fundação Educacional do Nordeste, em Teófilo Otoni (Minas Gerais), e teólogo pelo Seminário Central da Bahia, registrado como Seminário São João Maria Vianney, instituição católica instituída em 1815.
Filho de agricultores e alfabetizado aos 12 anos de idade, o sacerdote, fundador e primeiro pároco da Igreja do Cruzeiro, sediada na periferia de Feira de Santana, Antônio Carneiro participou “ativamente das atividades com os pequenos produtores rurais, buscando melhores condições de vida para a população mais carente”, segundo a parlamentar.
Fátima relatou ainda que Antônio Carneiro destacou-se como coordenador da luta de Pedra do Cavalo, incentivando centenas de famílias atingidas pela barragem, buscando acolher seus anseios, “visando reparação do dano com justa indenização”. Ela também lembrou que, como secretário executivo do Movimento de Organização Comunitária (MOC), o teólogo buscou a isenção de ICM na comercialização dos produtos cultivados pelos agricultores rurais para fomentar a venda nas feiras livres. Como ativista político, presidiu o Partido dos Trabalhadores (PT) por dois mandatos em Feria de Santana.
“Durante todo seu ativismo político, suas atividades foram voltadas à economia no campo, fortalecendo as associações comunitárias e o pequeno produtor rural, demonstrando um relevante trabalho voltado para o semiárido”, justificou Fátima Nunes.