O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o modelo de partilha em leilões de petróleo em evento nesta quinta-feira (7) após o resultado do leilão da 6ª rodada do pré-sal e do leilão do excedente da cessão onerosa, realizado ontem. De acordo com ele, o modelo de leilão deveria ser abandonado em favor da adoção apenas do regime de concessão.
“Os 17 gigantes mundiais não vieram. A Petrobras levou sem ágio. Quer que isso quer dizer? Que nós sabemos nos apropriar dos nossos recursos ou que nós não entendemos até agora a principal mensagem que é o seguinte: vocês são muito complicados, muito difícil investir aí”, disse o ministro, após rebater críticas que colocaram a conta do resultado do leilão na “instabilidade democrática brasileira”.
Guedes ainda criticou segundo o epbr, o regime de partilha como um modelo que, segundo ele, é usado “por influência de alguns operadores petroleiros franceses em regimes corruptos na África”.
O ministro deixou clara a frustração com o resultado do leilão do excedente da cessão onerosa, onde a Petrobras foi a grande vencedora e será a responsável por pagar ao cofres públicos quase a totalidade dos R$ 69,96 bilhões em bônus de assinatura.
Para Guedes, o governo venceu “uma dificuldade enorme” para realizar o leilão e, no final, “vender para nós mesmos”.
“Botamos um elefante para voar. Conseguimos, pois tínhamos um motorzinho aí. Temos que refletir sobre isso. Será que a concessão, utilizada no mundo inteiro, não é melhor do que a partilha, que é usada por influência de alguns operadores petroleiros franceses em regimes corruptos na África?”, perguntou o ministro, que participou de evento no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília.