Os salários delas variam de R$ 2 mil a R$ 15,6 mil
Conforme levantamento publicado pela Agência Brasil, dos 39 deputados federais da Bahia eleitos em 2018, apenas 4 são mulheres. No entanto, apesar da baixa representatividade feminina entre os parlamentares, nos cargos dos gabinetes o estado tem a 11ª melhor posição nacional na divisão de gênero. São 460 mulheres atuando nas vagas comissionadas dos representantes baianos contra 337 homens.
Mas, isso não é a regra quando se analisa o cenário global da Câmara dos Deputados, onde as mulheres ocupam apenas 38% das vagas comissionadas de maior representação da Casa (o posto como SP25). De acordo com dados da Diretoria de Recursos Humanos, dos 9.844 secretários parlamentares em exercício na Câmara, 5.620 (57%) são homens.
A atividade de um secretário parlamentar é realizar o assessoramento direto e exclusivo dos deputados, sendo nomeados livremente, sem a necessidade de concurso público. Os cargos são divididos em 25 faixas salariais, com remunerações que vão de R$ 2 mil a R$ 15,6 mil. Os dados deixam claro que os deputados têm priorizados os homens em detrimentos das mulheres.
Os números refletem, ainda, um problema estrutural de assimetria de gênero no legislativo federal, uma vez que, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2017, em uma conta que engloba os 24,4 mil servidores da Câmara, do Senado e do Tribunal de Contas da União (TCU), 57% dos trabalhadores do setor são homens.
Outra coisa evidente nos dados é que, quanto maior o salário, maior a distorção. Dos 6,5 mil servidores legislativos federais que ganham mais de 20 salários mínimos por mês, 66% são do sexo masculino. Na soma das assembleias legislativas, 58% dos mais bem remunerados são homens; nas casas municipais, 60%.
Mulheres são apenas 77 entre 513 parlamentares da Câmara dos Deputados, o que representa 15% do total de federais. No Senado, são 12 parlamentares do sexo feminino entre os 81 representantes, 15% do total.