Segundo a revista Veja, o óleo que contaminou as praias de Morro de São Paulo poderia ter sido contido antes de poluir a ilha. É o que mostra uma imagem de satélite obtida pela revista.
No dia 21 de outubro, uma mancha com área total de 1,76 quilômetros quadrados foi detectada pelo satélite Sentinel-1A. Às 8h11 daquela data, ela estava a 16,4 quilômetros da costa. O volume estimado do óleo da mancha era de cerca de 362 metros cúbicos — 350 toneladas só de óleo.
Também foi possível cruzar a informação com a direção do vento, o que indicou que a rota mais provável seria, de fato, em direção a Morro de São Paulo.
No dia 22, o óleo chegou às praias do destino turístico. Com a análise das imagens, teria sido possível estabelecer uma estratégia de contenção do material com barreiras offshore. Além disso, seria necessário um recolhedor de óleo e uma embarcação para armazenar a substância contida.
Até o momento, 233 locais foram afetados, em pelo menos 88 muncípios dos nove estados do nordeste. De acordo com a Marinha, mais de mil toneladas já foram recolhidas nos locais atingidos. Contudo, o material se mistura à areia, que compõe quase metade do peso total.