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As altas taxas de votos brancos ou nulos previstos para ‘Eleições 2018’

quinta-feira 28 de junho de 2018 às 15:27h

As altas taxas de intenções de voto branco ou nulo na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (28) é de 33% no cenário estimulado sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de 22% com o petista – ratificam “a decepção grande do eleitor com a classe política”, segundo Renato da Fonseca gerente executivo de pesquisa e competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele lembra que a decepção já foi mostrada em pesquisa específica, feita em dezembro de 2017, e cita que em junho de 2014, ou seja, em igual momento do ano da última eleição presidencial, brancos e nulos representavam apenas 8% das intenções.

Fonseca explicou que em duas semanas a CNI deve divulgar o detalhamento dessa pesquisa, o que poderá apontar outros motivos para a alta taxa de brancos e nulos no levantamento.

Segundo o executivo, no entanto, é possível falar que os pré-candidatos Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) são os maiores beneficiados por uma possível ausência de Lula nas eleições. Com o petista na pesquisa estimulada, Marina e Ciro têm, respectivamente, 7% e 4% das intenções de voto, e, sem Lula, Marina vai a 13% e Ciro avança para 8%. “Brancos e nulos também ganham muito sem Lula, o que interessante porque mostram que todos os candidatos têm campo para crescer dentro desses eleitores”, avaliou.

Para Fonseca, o próprio candidato alternativo do PT tem potencial de alta nesse cenário. “O eleitor ainda não reconheceu o candidato do PT, talvez porque o partido não faz campanha para outros candidatos”. Ele avalia que há um potencial de crescimento para pré-candidatos a presidente com baixa intenção de voto, são pouco conhecidos, mas grande tempo de televisão e poder econômico, como Henrique Meirelles (MDB) e um candidato do PT que não seja Lula, como Fernando Haddad, citado na pesquisa.

Por outro lado, os líderes Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) “têm pouco tempo, poucos recursos e vão enfrentar candidatos com força econômica e mais tempo de televisão e isso pode virar o jogo”, concluiu.

 

Por Julia Lindner

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