O deputado estadual Tiago Correia (PSDB) cobrou da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) a realização de ações efetivas contra pragas e doenças que ameaçam a produção agropecuária do estado. O parlamentar cita como alguns dos problemas que necessitam de atenção urgente a cochonilha do carmim, principal praga que ataca a palma forrageira e que já está na Bahia; a peste suína clássica; o mormo, doença que não tem cura e atinge equídeos e a mosca das frutas, que já afeta as exportações de frutas do Vale do São Francisco.
Correia ressalta que a palma vem proporcionando condições para a produção no estado, principalmente de caprinos, ovinos e leite. “A cochonilha do carmim é uma doença que devastou plantações de palma no Pernambuco, Ceará, Paraíba, e já está presente na Bahia. Sabemos que uma das ações do governo do estado para minimizar os efeitos da seca é justamente distribuir entre os produtores mudas de palma. Estamos muito preocupados no que diz respeito à cochonilha do carmin, pois de nada adianta distribuir mudas, principalmente se correrem o risco de estar contaminadas”, afirma.
Para ele, faltam ações efetiva da Adab nas fronteiras, de forma a fiscalizar a entrada no estado de animais ou produtos contaminados. “Temos o mormo, que entrou por jumentos contrabandeados e que não foram fiscalizados. Temos a iminência da peste suína clássica que está em todos os estados ao norte da Bahia, menos em pernambuco. A moscas das frutas já afeta a exportação de frutas do Vale do São Francisco. Existe uma preocupação muito grande entre os produtores ligados à criação de animais e à produção de alimentos”, pontua.
Em evento realizado no mês passado pela Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), produtores se mostraram preocupados com a peste suína clássica, que este ano já provocou o sacrifício de mais 6,5 mil animais em dois estados do Nordeste. “Os próprios produtores estão se articulando para tomar medidas preventivas. Falta à Adab ações mais enérgicas, especialmente nas fronteiras, pois o risco existe e o estado pode ser colocado em uma posição muito frágil, afetando toda cadeia agropecuária”, frisa.