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sexta-feira 11 de outubro de 2019 às 15:57h

Acordo Mercosul-UE pode impactar economia brasileira em US$ 79 bilhões

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O acordo comercial entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE), fechado no fim de junho, deve impactar a economia brasileira em US$ 79 bilhões até 2035.

A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou hoje (11) estudo sobre a questão, durante a 2ª Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul (CI19), realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Considerando a redução de barreiras não tarifárias, o impacto pode chegar a US$ 112 bilhões no período, segundo a CNC. Os números estão um pouco abaixo dos divulgados pelo governo brasileiro, de US$ 87,5 bilhões e US$ 125 bilhões incluindo as barreiras não tarifárias em 15 anos.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, explicou que o Brasil ocupa no momento a presidência pro tempore (temporariamente) do Conselho de Câmaras de Comércio do Mercosul (CCCM), e, por isso, se coloca na posição de liderar os debates sobre o acordo.

Relação de trocas

O diretor da Câmara Argentina de Comércio e Serviços, Carlos Arecco, ressaltou a importância da abertura da Europa para os países do Mercosul. “Um mercado como a Europa, onde um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo está em jogo, é uma coisa tremendamente importante. Temos que trabalhar e acertar a letra pequena nos acordos que os governos do Mercosul e da União Europeia assinaram, [eles] tiveram 20 anos para fechar esse acordo. Agora, cabe a nós levar isso para a frente. Hoje, comércio e serviço são praticamente 70%, 80% dos negócios no mundo”, frisou.

Também presente na conferência, o ministro de Estado para o Comércio Exterior do Líbano, Hassan Mourat, explicou que seu país também espera poder aderir a esse acordo com a Europa, como já feito por outros países árabes, além de reforçar as relações comerciais e de amizade com o Brasil, país que, segundo ele, abriga cerca de 12 milhões de pessoas de origem libanesa e árabe.

“O Líbano está fazendo de tudo para virar uma zona franca para poder escoar toda a mercadoria que vem da América Latina, servindo como um entreposto para outros países como a China e no Oriente Médio. Por outro lado, [pretende] reforçar essa amizade que tem entre Brasil e Líbano e também as relações comerciais e turísticas”, afirmou.

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