Com a finalidade de dar um tratamento mais humanizado aos pacientes, a deputada Talita Oliveira (PSL) apresentou o Projeto de Lei 23.574/2019, que dispõe sobre a permanência de um acompanhante à pessoa que se encontre internada nas dependências das unidades de terapia intensiva dos hospitais, unidades de pronto atendimento e maternidades públicas e privadas.
O acompanhante de UTI, UPA e maternidade, segundo consta no PL, deve “firmar termo de responsabilidade que o informe das penalidades decorrentes de comportamento que venha a obstruir ou dificultar procedimentos considerados adequados ou necessários pela equipe médica”.
Talita revela que, em outros estados do país, essa iniciativa já foi testada com enorme eficácia na recuperação dos pacientes que ali estiveram. Ela cita o procedimento conduzido pelo hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre/RS, em parceria com o Ministério da Saúde, “demonstrando os benefícios de ampliar o tempo de permanência de familiares ao lado de pacientes em UTI”.
As descobertas do estudo, relata a legisladora, ganharam destaque no Jornal da Associação Americana de Medicina, um dos mais importantes do mundo. Atualmente, continua Talita, 36 UTIs, em 16 estados do Brasil, colocaram a ideia em prática e adotaram um modelo de visita familiar flexibilizada.
Segundo observa a deputada, diferentemente do que se acreditava, “a presença de familiares, junto aos pacientes, não trouxe efeitos indesejáveis, como infecções dos internados ou desorganização de cuidados assistenciais”.
A parlamentar acrescenta ainda que o estudo confirma “ter sido benéfica a proximidade entre acompanhante e paciente, modelo que conseguiu reduzir pela metade os sintomas de ansiedade e depressão, melhor que muito medicamento antidepressivo”.