“Gravíssimo”, foi como o vereador Henrique Carballal (PV), presidente da Comissão Especial de acompanhamento e fiscalização do contrato de concessão das empresas de ônibus classificou o “desrespeito ao TAC” assinado pela prefeitura com as empresas do setor e o Ministério Público.
Em reunião com representantes das concessionárias, na manhã desta última segunda-feira (23), foi constatado que dos 250 ônibus com ar condicionado que deveriam estar circulando até 30 de setembro, 81 ainda não estão em serviço.
“E desses que faltam, 51 não foram sequer adquiridos. Os demais só estão previstos para chegar no final de novembro”, denunciou da tribuna da Câmara, na sessão ordinária. Segundo ele, o Legislativo referendou o TAC ao aprovar o projeto que concedeu isenção às empresas: “Está claro que o TAC foi quebrado e esta Casa não pode ser tratada desta forma”.
Ministério Público
Carballal fez um apelo ao presidente da Câmara, vereador Geraldo Júnior (SD), para que acompanhe a Comissão Especial à reunião com a promotora Rita Tourinho, na sede do Ministério Público do Estado (MPE), na quinta-feira (25), às 14h, para dar um cunho institucional à agenda. O presidente reconheceu a gravidade da situação e afirmou que fará o possível para estar presente.
O vereador Joceval Santana (Cidadania) se associou à preocupação de Carballal e frisou que a questão do transporte coletivo não pode ser tratada por TACs. “Não admitiremos mais que a Câmara fique de fora dessa discussão”, enfatizou. A ouvidora-geral da Câmara, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), também se integrará à comitiva de vereadores que irá ao MPE.
Segundo Hélio Ferreira (PCdoB), presidente da Comissão de Transporte, o Verão se aproxima e a capital baiana tem apenas 5% dos ônibus climatizados.
Em seguida o colegiado de fiscalização do contrato visitará a empresa TransCard, responsável pela bilhetagem eletrônica em Salvador.