O presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Júnior, revelou que neste processo de escolha das duas vagas para disputar o Senado na chapa encabeçada pelo governador Rui Costa (PT) não houve conversas com seu partido. Diante da falta de diálogo com a legenda, o parlamentar afirma que “vai pensar no PDT”.
Neste sentido, a pré-candidatura solo do ex-pugilista Acelino Popó Freias está mantida até o segundo round. O PDT terá a candidatura de Ciro Gomes à presidência da República, o conforme o dirigente partidário, manterá os votos de legenda que acompanham os “brizolistas” desde a redemocratização, portanto devem ser ouvidos.
Outra questão levantada por Félix é que se Ciro Gomes conseguir vencer o pleito, um dos senadores baianos pode vir a ser ministro e se o suplente deste for do PDT as chances desta nomeação acontecer crescem. A despeito desta conjuntura, o que parece trazer alguma insatisfação aos pedetistas é que não foram chamados em nenhum momento para sentar-se a mesa de discussão.
O conselho político de Rui Costa não funcionou de fato nestes três anos e meio de gestão petista. Diferente do ex-governador Jaques Wagner, que mantinha reuniões ordinárias com a cúpula dos partidos aliados, o atual comandante não fez deste colegiado um espaço de debate. Esta queixa foi externada em diversos momentos da gestão e, sobretudo, durante o período pré-eleitoral de 2016.
O PDT não vai se coligar na disputa por cadeiras da Casa Baixa do Congresso Nacional e espera, em cenário superdimensionado, fazer até três deputados federais. Já para a Assembleia Legislativa os pedetistas não definiram a estratégia, mas a tendência é que componham o chapão.
Por Luiz Fernando Lima