Políticos de centro e centro-direita atribuíam, segundo publicou nesta última segunda-feira (9) no jornal Tribuna, sobre o incentivos do senador Jaques Wagner (PT) os ataques que um ex-ministro de Dilma Rousseff (PT) fez ao novo procurador geral da República, o qual afirmou que o futuro PGR se dizia de esquerda e anda, para cima e para baixo, com o ex-governador baiano durante os governos petistas.
Segundo a turma de centro e centro-direita da Bahia, os petistas estariam indignados conforme publicou o jornal, com a ascensão de Aras a posto importantíssimo da República porque enquanto o futuro PGR andou com eles nenhum soube reconhecer seu valor nem indicá-lo tanto para a PGR quanto para uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal, preferindo indicar apenas sulistas.
Um dos motivos porque a turma acha que Wagner está por trás do ataque do ex-ministro da Justiça ao novo PGR está relacionado ao fato de o ex-governador ter sido o único, dos senadores baianos, a ter se esquivado com relação à sua futura posição com relação à sabatina a que Augusto Aras terá que se submeter no Senado, que precisa aprovar a indicação do presidente.
No Senado, os votos dos senadores baianos Angelo Coronel e Otto Alencar, ambos do PSD, no entanto, são pelo apoio à indicação de Jair Bolsonaro do baiano Augusto Aras para a sucessão de Raquel Dodge. Coronel chegou a dizer que foi o ato mais importante e racional de Jair Bolsonaro, ao passo que Otto anunciou que encaminhará o voto da bancada do partido pela aprovação do nome de Aras.
Quem pulou em defesa do futuro PGR foi seu pai, Roque Aras, este sim com longa militância na esquerda baiana no período em que foi político. Roque fez questão de destacar que o filho, apesar da formação de esquerda que lhe deu, nunca foi petista, pelo contrário, sempre se manteve de maneira absolutamente independente no plano político desde a universidade.