O presidente Michel Temer, acompanhado do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi ao Tribunal de Contas da União (TCU), na noite desta última quarta-feira (14), e encontrou-se com o presidente da Corte, Raimundo Carrero.
A visita do emedebista ocorreu no mesmo dia em que as contas do governo referentes ao exercício de 2017 foram aprovadas, com ressalvas, pelo tribunal. A Corte também fez ao Executivo 24 recomendações de melhorias e quatro alertas. O parecer do relator do processo, ministro Vital do Rêgo, agora será analisado pelo Congresso Nacional, que tem o poder de aprovar ou rejeitar as contas.
Para ele, caso o governo não promova mudanças fiscais estruturais, as despesas discricionárias, aquelas que o executivo pode manipular e que não estão comprometidas com gastos pré-determinados, chegará a zero em março de 2024. Isso por causa do teto de gastos, que impede o crescimento de despesas primárias. As informações são da Agência Brasil.
O relator das contas de Michel Temer no TCU também fez críticas às renúncias fiscais que o governo promove. Entre as ressalvas do parecer, estão as informações imprecisas sobre renúncias tributárias e a ausência de requisitos para promover essas renúncias. Segundo Vital do Rêgo, a União abriu mão, em 2017, de R$ 354 bilhões em impostos. Valor que representa, atualmente, 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Rêgo informou, ainda, que 85% das renúncias fiscais não têm prazo para acabar, e 44% não são acompanhadas por órgãos de controle.
O relator ressaltou, no parecer, o descumprimento de percentual mínimo para investimento em irrigação na região Centro-Oeste; e a falta de informações sobre os investimentos também em irrigação no semiárido brasileiro.