Carla Zambelli, deputada federal do PSL de São Paulo, conseguiu a matrícula de seu filho no Colégio Militar de Brasília sem que ele participasse do processo seletivo de candidatos. A criança, de 11 anos, está no sexto ano do ensino fundamental.
A disputa pelas vagas é grande: em 2017, houve 1.212 candidatos para 25 vagas do sexto ano, uma média de 48 candidatos por vaga. A autorização de matrícula do filho da deputada foi publicada no Boletim de Acesso Restrito do Exército, no dia 30 de agosto.
O documento que permitiu que o menino ingressasse na escola informa que Carla solicitou a vaga por ter se mudado para Brasília depois de ser empossada no cargo. Segundo o ofício, seu pedido estava respaldado pelo artigo 92 do Regulamento dos Colégios Militares.
O artigo diz apenas que casos considerados especiais poderão ser apreciados pelo Comandante do Exército. O artigo tem caráter genérico e não trata de questões específicas relacionadas ao acesso de alunos.
Em suas redes sociais, Carla Zambelli mostrou que solicitou a vaga por causa de ameaças sofridas por ela e pelo filho. “Enquanto o Estado não for competente para garantir a segurança do meu filho diante das ameaças que ele sofre pelo simples fato de ter uma mãe que enfrenta o crime organizado, e a pedofilia, tentarei encontrar sim o colégio que traga segurança para os momentos que ele passa no colégio”, afirmou a deputada.