Em sua tradicional transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro ironizou, nesta última quinta-feira (29) o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e a compra, por parte do tucano, de um jato executivo financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Para Bolsonaro, Doria tenta se distanciar de partidos de esquerda, mas quando era “amigão do Lula, da Dilma”, sua “bandeira era vermelha com a foice e o martelo sem problema nenhum”.
Ao lado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno e de uma intérprete de libras, Bolsonaro cobrava da imprensa a divulgação de “coisas boas” sobre o seu governo. Na sequência, ele citou o que chama de “caixa-preta”do BNDES para criticar Doria e o apresentador Luciano Huck, que podem ser adversários do atual presidente nas eleições de 2022.
“Olha a caixa-preta do BNDES aparecendo. Já apareceu aquela galerinha da compra de aviões com 3%, 3,5% (de juros) ao ano. Que teta, ein? Que teta, ein? O que é isso, Luciano Huck? Que teta, ein? Eu sou o último capítulo do caos? Não foi ilegal a compra, reconheço, mas, poxa, só para peixe”, disse. Em evento realizado em Vila Velha (ES), na quarta-feira 14, Luciano Huck disse que Bolsonaro não é o “primeiro capítulo da renovação, mas o último capítulo do que não deu certo (no Brasil)”.
Bolsonaro disse, ainda, que “é brincadeira” a tentativa do governador do PSDB de se distanciar de partidos de esquerda. “João Doria também comprou. Comprou também, Doria? Explica isso aí. Só peixe, amigão do Lula, da Dilma. E depois posa, vejo o Doria falando, de vez em quando, ‘minha bandeira jamais será vermelha’. É brincadeira, não é? É brincadeira. Quando ele estava mamando lá, a bandeira era vermelha com a foice e o martelo sem problema nenhum, não é?”, afirmou, rindo.