Sob protestos da esquerda do partido, o comando do PT formalizou neste último sábado (9) a disposição de sacrificar suas candidaturas estaduais em troca do apoio do PSB e do PCdoB na corrida presidencial.
Por 19 votos contra cinco e uma abstenção, a Executiva Nacional do PT registrou em papel que “está clara a primazia do projeto nacional sobre as disputas regionais”. A resolução submete as candidaturas e alianças estaduais à prévia autorização da cúpula partidária.
“Toda e qualquer definição de candidaturas e política de aliança nos estados terá que ser submetida antecipadamente à Comissão Executiva”, diz a nota divulgada à imprensa.
Ex-ministro e chefe de gabinete da presidência do PT, Gilberto Carvalho afirma que “este é um sinal” para o PSB.
Segundo petistas, seus termos forem discutidos com integrantes do PSB.
Redigido após quatro horas de discussão, o texto sela um compromisso com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB): a candidatura da petista Marilia Arraes será abortada caso ele leve o PSB para o palanque do PT à Presidência.
A resolução determina como prioridade “construir uma coligação nacional para apoiar a candidatura Lula com PSB, PCdoB e outros partidos que venham a assumir este apoio”.
O documento diz também que “essa construção passa pela indicação do candidato a vice-presidente em entendimento com os partidos aliados”.