Câmara de Vereadores comemora o Dia Municipal do Maçom

Mesmo não sendo uma religião, a Maçonaria, segundo o vereador Alfredo Mangueira (MDB), é uma entidade que reúne pessoas que “creem no predomínio do espírito sobre a matéria, proclamando-o como decorrência maior do princípio impessoal do Grande Arquiteto do Universo, Deus”. A descrição foi feita na sessão especial requerida por ele na Câmara Municipal de Salvador, na noite desta terça-feira (20), dirigida pelo presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (SD), para comemorar o Dia Municipal do Maçom.

Autor do projeto que instituiu a data, quando ainda nem havia ingressado na Maçonaria, Mangueira explicou que o dia 20 de agosto foi escolhido por ser um marco para a instituição, “um símbolo da luta maçônica em favor do povo brasileiro, influenciando na construção da nossa democracia”. Em 1822, nesse dia, o imperador Dom Pedro I, que era grão-mestre da Grande Oriente, se inspirou em discursos em prol da independência do Brasil e no dia 7 de setembro declarou o país independente.

Tolerância

“A maçonaria e os maçons merecem a distinção desta homenagem por ser uma organização que só busca o bem, o melhor para a humanidade, sendo um dos seus princípios ser acessível aos homens livres e de bons costumes de todas as raças e de todas as crenças religiosas e políticas, desde que estas não os privem de sua liberdade ou restrinjam seus direitos fundamentais”, declarou Alfredo Mangueira.

O presidente da Câmara, vereador Geraldo Júnior, ressaltou os princípios da igualdade, tolerância e respeito à autoridade e à crença de cada um como fundamentais para a Maçonaria. E chamou atenção para o crescimento da intolerância nos dias atuais, o que classificou como um perigo para a democracia: “A intolerância destrói amizades e famílias. É nela que nascem os governo prepotentes, a destruição das liberdades políticas”.

Cândido Vacareza, presidente da Academia Maçônica de Letras da Bahia, frisou que a Maçonaria defende os princípios da liberdade e da convivência verdadeiramente fraterna, “respeitando a crença de cada um”. O desembargador Baltazar Miranda Saraiva, grão mestre adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB), representou o grão mestre Arlindo Neto.

A mesa foi formada ainda por Luciano Pinto Sepúlveda, grão mestre em exercício da Grande Oriente Estadual (GOEB); Leonardo Abreu Amorim Neves, representante do soberano grão mestre Cassiano Morenodo, da Grande Oriente da Bahia (GOBA); e Oscimar Torres, deputado federal da Soberana Assembleia Federal Legislativa do Grande Oriente do Brasil, ex-secretário municipal de Administração.

Participaram da sessão especial, também, representantes das alas femininas e da Fraternidade Feminina, assim como adolescentes que integram as ordens DeMolay e Filhas de Jó. Além do Hino Nacional foi executado o Hino da Maçonaria.