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A presença do governador Rui Costa na Câmara Municipal, na tarde de quarta-feira (14), para expor o projeto do VLT, dominou a sessão ordinária que antecedeu ao encontro no Salão Nobre. Independentemente da posição ideológica, diversos vereadores fizeram questão de parabenizar o presidente Geraldo Júnior (SD) pela iniciativa do convite, frisando que o fato dele ter aceito foi uma demonstração do prestígio da Casa.
O vereador Duda Sanches (DEM), da base do prefeito, foi o primeiro a se manifestar na sessão, creditando a Geraldo Júnior a deferência do governador com o Legislativo municipal. Ana Rita Tavares (PMB) destacou a importância do novo modal, “um presente para a população sofrida de Salvador, mais uma obra estruturante do governo para melhorar a mobilidade em nossa cidade”.
Protagonismo
Aladilce Souza (PCdoB) observou que em 15 anos de mandato é a primeira vez que testemunha um governador comparecer à Câmara para apresentar um projeto, “qualificando a política”. Diante de questionamentos sobre a postura da oposição contrária ao projeto do BRT, do Executivo municipal, ela ressaltou que “neste caso a obra começou a ser executada sem licença ambiental”.
O vereador Toinho Carolino (Podemos) registrou que o VLT atenderá diariamente a mais de 150 mil usuários, sobretudo do Subúrbio Ferroviário, sem poluir o meio ambiente. Para Marta Rodrigues (PT), o debate permitirá que os vereadores também possam contribuir com o projeto. Ricardo Almeida (PSC) também parabenizou Geraldo Júnior por “dar a esta Casa o protagonismo que ela merece”.
Um dos representantes da região do Subúrbio, o vereador Orlando Palhinha (DEM) fez questão de classificar o VLT como uma obra “não eleitoreira”. E declarou: “Rui Costa é o nosso governador e a presença dele aqui mostra, suprapartidariamente, seu compromisso com a população de Salvador, especialmente do Subúrbio, de Mapele e do município de Simões Filho”.
Henrique Carballal (PV) e Kiki Bispo (PTB), mesmo parabenizando o presidente Geraldo Júnior pela importância da presença do governador dialogando com os vereadores, defenderam que Rui Costa envie à Assembleia Legislativa projeto isentando as empresas de transporte público de ICMS. Segundo eles, só essa medida já seria suficiente para reduzir, imediatamente, o valor da tarifa de ônibus.
Cezar Leite (PSDB) apontou o papel institucional do presidente da Câmara, que soube, “com competência e sensibilidade”, envolver os vereadores no debate sobre o novo modal. Segundo Sílvio Humberto (PSB), tudo que envolve mobilidade urbana deve ser discutida no Legislativo municipal: “Precisamos entender a natureza do projeto, quais as contrapartidas para a população”. Marcos Mendes (PSOL) fez questão de criticar a postura generalizada no Executivo, seja federal, estadual ou municipal, de não dialogar com a população, “considerando apenas os interesses das empresas privadas”.
