O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (7) o pedido da Polícia Federal (PF) para quebrar o sigilo telefônico do presidente da República, Michel Temer (MDB), referente ao ano de 2014.
O magistrado, contudo, autorizou a medida para os ministros Eliseu Padilha (MDB), da Casa Civil, e Moreira Franco (MDB-RJ), de Minas e Energia.
A PF solicitou ao Supremo a quebra do sigilo telefônico dos emedebistas nesta quarta (6). A decisão foi tomada no inquérito que apura suposta propina de R$ 10 milhões combinada em jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, segundo delação da Odebrecht.
Os investigadores buscam rastrear eventuais telefonemas feitos entre Temer, Moreira e Padilha em datas próximas das entregas de dinheiro em espécie relatadas pelos delatores da empreiteira.
Investigação
O inquérito investiga os repasses de propinas feitos, de acordo com os delatores da Odebrecht, para campanhas eleitorais do MDB em troca de favorecimento à empresa em contratos com órgãos públicos, entre eles a Secretária de Aviação Civil da Presidência da República.
Padilha e Moreira Franco comandaram a pasta entre 2013 e 2015, no governo Dilma Rousseff (PT). Os ministros, juntamente com o presidente Temer, são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro.