Para parlamentar, governador Rui Costa não deve participar de entregar do Aeroporto Glauber Rocha ao lado do presidente.
O deputado Robinson Almeida (PT) disse, neste domingo (21), que o governador Rui Costa deveria deixar o presidente Bolsonaro “falando sozinho” e não participar da inauguração do aeroporto Glauber Rocha em Vitória da Conquista. A solenidade está prevista para acontecer nesta terça-feira (23) e a polêmica sobre a paternidade da obra do novo equipamento reacendeu depois que o governo federal reservou 150 dos 300 convites para aliados da base, 50 para o governo municipal, liderado pelo medebista Herzem Gusmão e 70 para o governador Rui Costa (PT). Outros 30 são destinados a jornalistas que cobrirão a atividade. A avaliação é que Bolsonaro e seus aliados pretendem criar um cenário desfavorável e de constrangimento ao governador Rui Costa.
“Depois de ofender o Nordeste e orientar seus assessores a perseguir os governadores da região, Bolsonaro se tornou ‘persona non grata’ na Bahia. Ele deveria pedir desculpas aos baianos antes de pisar em nossa terra. Os seus aliados não abrem a boca pra defender nosso povo, vítima do preconceito. Cadê ACM Neto? Escafedeu-se”, afirmou Robinson.
O parlamentar opina que os recursos do governo federal, alocados na obra que ergueu o Aeroporto Glauber Rocha, foram conquistados no governo da ex-presidente Dilma Rousseff e que a obra foi executada pelo Governo do Estado através da Secretaria de Infraestrutura. Para Robinson, se dependesse de Bolsonaro Vitória da Conquista, terceira maior cidade baiana, não teria o investimento que promete potencializar o desenvolvimento da região sudoeste do Estado.
“O seu governo não colocou um centavo na construção do aeroporto de Vitória da Conquista e ele, por não ter nada feito em mais de seis meses, quer pongar nas obras alheias. O governador deveria deixá-lo falando sozinho e não dar plateia pra mais ofensas de um presidente tosco, que não tem estatura pra o cargo que ocupa”, enfatizou o petista.
Investimentos
A obra do novo aeroporto, que teve investimento de R$ 106 milhões, foi executada integralmente pelo Governo da Bahia, com mais de R$ 31 milhões do orçamento da administração estadual. O equipamento também recebeu recursos do Governo Federal, repassados até o ano de 2018, quando foram transferidos os últimos valores ao Governo do Estado para conclusão das intervenções.