O senador Jaques Wagner (PT) se une ao coro de críticos à intenção do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de indicar seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Para o petista, se trata mesmo de nepotismo, embora essa avaliação não seja unânime.
“Acho que é um constrangimento grande”, frisa Wagner. “E a declaração dele de agora reforça esse constrangimento, quando ele diz que é isso mesmo, que quer beneficiar o filho dele”, acrescenta, em referência ao momento em que Bolsonaro admitiu que tomaria decisões em favor de sua família.
Mas apesar de se opor à ideia, o parlamentar prefere não apostar no resultado da eventual sabatina no Senado. Se Bolsonaro seguir em frente com a indicação e o governo americano aceitar, Eduardo será submetido a uma votação na Comissão de Relações Exteriores e depois no plenário da Casa.
“Eu não vou fazer prognóstico porque o voto é secreto, acho que é impossível você ficar fazendo apostas, então eu prefiro esperar”, ressalta. As declarações do petista foram feitas nesta sexta-feira (19) à imprensa. No momento, ele acompanha a visita do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à Fundação Doutor Jesus, do deputado federal Pastor Sargento Isidorio (Avante).