air Bolsonaro deu como certa a aprovação do nome de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada do Brasil nos Estados nesta última quinta-feira (18), mesmo dia em que uma pesquisa mostrou que a indicação é rejeitada por dois terços dos brasileiros. O presidente voltou a falar sobre o assunto na cerimônia de avaliação dos 200 primeiros dias de seu governo, dizendo, na frente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ter certeza que o filho passará pela sabatina da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
“Essa possível indicação passa pelo Senado. Acredito que a sabatina será feita com rigor e ele será aprovado”, afirmou Bolsonaro, logo depois de Alcolumbre ter dito que o “Congresso Nacional está alinhado com as vontades do país”. O presidente do Senado também reforçou, contudo, a importância do diálogo e do fortalecimento de instituições como o Legislativo – pontos que costumam ser criticados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no atual governo.
“Somos um conjunto de líderes políticos que estão pensando no Brasil. A minha presença é a presença do diálogo, do entendimento e da busca pelo consenso. […] Só o fortalecimento das instituições – Executivo, Legislativo e Judiciário – vai nos permitir dizer que vivemos em uma democracia consolidada”, reforçou Alcolumbre, garantindo que, desta forma, “o Parlamento estende a mão para o Executivo, mostrando que vamos trabalhar de mãos dadas pela construção de um novo país”.
Na cerimônia, que também reuniu muitos ministros no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse ainda que, ao montar seu governo, quis montar um time que represente o Brasil com “critério técnico, patriotismo e que se dedica acima de tudo”. “Quem veio trabalhar comigo sabe da minha posição. Não posso ter um ministro falando favoravelmente ao desarmamento, se a minha linha não é essa. Tenho que defender a linha e as bandeiras que fizeram o povo acreditar em mim”, comentou o presidente.