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terça-feira 16 de julho de 2019 às 16:03h

Evento internacional de arte urbana abre inscrições para artistas baianos

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Os artistas baianos que lidam com pinturas e grafitagem já podem se inscrever para a 13ª edição da CowParade Brasil, considerado o maior evento de arte urbana do mundo. A iniciativa foi lançada nesta terça-feira (16), no Museu Náutico da Bahia, Forte de Santo Antônio da Barra, no Farol da Barra. Estiveram presentes o prefeito ACM Neto e a sócia-diretora da Toptrends, Catherine Duvignau, empresa organizadora da exposição, além de gestores municipais e imprensa. A cerimônia de abertura ainda contou com performance da grafiteira Sista Katia, convidada para pintar uma obra ao vivo.

Na ocasião, o prefeito destacou o empenho que a administração municipal tem tido para apoiar eventos nacionais e internacionais, inclusive em ações que contemplem o segmento de arte a céu aberto. “Sabemos a repercussão que esse evento tem em diversas cidades do mundo, e é uma honra para Salvador ter sido escolhida. Se há uma coisa que estamos procurando na cidade é dar vida as coisas. Um exemplo disso é a grafitagem nas geomantas, uma iniciativa que vem se replicando em vários locais da cidade”, disse.

Com apoio da Prefeitura, através da Empresa Salvador Turismo (Saltur), a CowParade selecionará 60 projetos, nos quais os artistas poderão mostrar todo o talento não em uma tela plana ou parede, mas em uma escultura de vaca feita em fibra de vidro, com tamanho natural do animal. As inscrições podem ser feitas através do site www. cowparade. com. br até o dia 2 de agosto.

Depois que as vaquinhas receberem as intervenções artísticas, elas serão expostas em locais públicos e privados de acesso à população, a partir de 11 de outubro até 20 de novembro. As 60 esculturas pintadas ainda ficarão à mostra no Shopping da Bahia pelo período de um mês, antes de serem leiloadas. O valor arrecadado será doado para instituições beneficentes da capital baiana, que ainda estão sendo selecionadas.

O prefeito ainda complementou que Salvador tem sido alvo de estratégias da gestão para o fortalecimento do calendário de eventos, cada vez mais diversificados, e que há editais e projetos lançados através da Fundação Gregório de Mattos com intuito de fomentar e valorizar a cultura local.

Expectativa 

O CowParade acontece há mais de 20 anos ao redor do mundo. No Brasil, cidades como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Goiânia e Belém já receberam a intervenção. “Estamos encaixando Salvador para o mundo, dentro do calendário mundial. Superfelizes e com grande expectativa artística para o que vai acontecer aqui”, disse Catherine Duvignau.

Madrinha da exposição e presidente de honra do Parque Social, Rosário Magalhães destacou que o CowParade é uma vitrine à arte cotidiana de Salvador: “É um evento de repercussão mundial e valoriza a arte local para que os artistas, tanto famosos quantos anônimos, se projetem. Os projetos irão embelezar a cidade e o mais importante é o cunho social por trás de tudo, já que o que for arrecadado será destinado a instituições sociais”.

Caráter beneficente 

Além de expor a beleza e exuberância das obras, a exposição também visa promover a responsabilidade social. No Brasil, o projeto já arrecadou e doou mais de R$ 6 milhões para ações de responsabilidade social como Fundação Abrinq, Fundação Gol de Letra, Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Rio Inclui, Associação Voluntariado de Apoio à Oncologia (Avao), entre outras.

Ao redor do mundo, mais de 10 mil artistas já participaram da CowParade e estima-se que mais de 500 milhões de pessoas tenham visto uma das esculturas. No total, mais de US$ 35 milhões foram levantados para entidades beneficentes através do leilão das peças.

Origem 

A CowParade surgiu com a ideia de um artista suíço chamado Pascal Knapp, em 1998, quando apresentou três modelos de vaca – deitada, pastando e em pé – durante um evento de arte em Zurique. Para o escultor, as vaquinhas seriam a forma mais criativa de reproduzir uma tela tridimensional para artistas locais se expressarem. Com pincéis, tubos de cola, apliques e outros tipos de adereços, o artista poderia aproveitar toda a superfície em tamanho natural, repleta de particularidades e curvas para imprimir sua arte.

Desde então, estima-se que mais de R$ 500 milhões de pessoas já se depararam com pelo menos uma obra nas ruas dentre as 97 exposições registradas em 33 países. Aqui no Brasil, 700 artistas já pintaram uma das vaquinhas. Mais de 20 milhões de pessoas já se deparam com uma das exposições.

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