O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse no sábado (6) que não é privilégio tentar alterar as regras para policiais federais e policiais rodoviários federais na reforma da Previdência.
Bolsonaro e membros do seu partido, o PSL, tentam incluir medidas que suavizem a aposentadoria para estas carreiras na discussão no Congresso Nacional. O tema voltará a ser debatido na votação da reforma no plenário da Câmara dos Deputados, prevista para começar nesta semana.
“O que eu fico chateado é que alguns falam de privilégio de policial. Policial não tem privilégio”, afirmou o presidente a jornalistas, na porta do Palácio da Alvorada, ao ser perguntado sobre por que não há o mesmo empenho do governo e de seu partido em relação a outras categorias, como a dos professores.
“Tem uma pequena questão para acertar com relação à Polícia Federal e a PRF [rodoviária federal], que está sendo costurada. Não é privilégio, nada. É para acertar a equiparação com as demais carreiras. Todas as categorias estão tendo uma transição, só isso”, disse Bolsonaro.
O texto aprovado na comissão prevê que os policiais federais deverão se aposentar aos 55 anos e 30 anos de contribuição (homens) e 25 (mulheres).
Na visão de Bolsonaro, a carreira dos policiais, assim como a dos militares, é mais dura.
“Costumo dizer que certas carreiras, como a de policial, são tão boas que a gente não vê nenhum parlamentar, nenhum filho de empresário lá. Não é privilégio, são especificidades da carreira”, disse neste sábado.
“Quem está aqui do meu lado? São militares. Ficam de segunda a domingo comigo, não têm hora extra… Há essa diferença”.
Apesar do pedido, Bolsonaro afirmou que a bola está com o Congresso e que todos deverão dar sua contribuição.
“A bola está… o juiz é o Rodrigo Maia e depois o Davi Alcolumbre. Ele [Rodrigo Maia] sabe da necessidade e da importância dessa nova previdência. Dou os parabéns a ele, está sendo um grande aliado, uma pessoa importantíssima para destravar a economia do Brasil”, disse.