O presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes, informou que o partido não planeja ter candidatos à reeleição na Câmara de Salvador em 2020. Atualmente a legenda possui três edis, Henrique Carballal, Paulo Magalhães Jr. e Sabá – Marcelle Moraes, também eleita pela sigla, se desfiliou ao romper politicamente com o grupo. “Nós pretendemos ter uma chapa sem nenhum vereador de mandato. Essa é a nossa tese”, afirmou Gomes, em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça-feira (2), durante o desfile cívico do Dois de Julho.
“A gente sempre lamenta esse movimento de troca-troca de partido, não é bom para a democracia. Nem para o próprio parlamentar. Mas, de qualquer sorte, é um caminho que eles vão seguir. Para nós é importante porque nós vamos construir uma chapa puro sangue, com pessoas da base do partido, com o propósito de eleger essas pessoas da base do partido”, defendeu o dirigente partidário, antecipando a saída dos três vereadores sem que nenhum dos três tenha confirmado publicamente que deixaria o PV.
“Em 2012, formamos uma chapa competitiva, tivemos uma votação expressiva naquela eleição, quase 60 mil votos, e nós estamos reeditando, trazendo pessoas antigas, que nunca disputaram eleição, que têm o perfil de defesa do meio ambiente e da sustentabilidade, em defesa das causas que o partido defende”, indicou Gomes, numa referência à 2012, quando o PV elegeu dois vereadores “puro-sangue” e que acabou cedendo espaço para nomes de outras legendas na construção do arco de alianças do prefeito ACM Neto em 2016.
Eleição majoritária
Após ter integrado o grupo político de ACM Neto nos dois últimos pleitos na capital baiana, o PV avalia a possibilidade de lançar uma candidatura solo em 2020. “Neto não será mais candidato, eu costumo dizer que o nosso jogo com ele zerou. Logicamente, participando da base, estando na gestão, nós vamos ouvi-lo. Qualquer partido da base tem legitimidade de apresentar um nome na sociedade. O PV também tem e estamos trabalhando para isso”, ponderou Gomes.
Segundo ele, a próxima eleição será “atípica” por conta do contexto político do país. “A sociedade agitada, os políticos tradicionais já não conseguem ter a mesma imagem que tinham anteriormente, então tudo isso é uma novidade”, completou.