O presidente Jair Bolsonaro (PSL) já estava na sala de espera, aguardando o encontro bilateral que teria com o presidente da China, Xi Jinping, quando o compromisso foi cancelado. Essa era uma das reuniões mais esperadas pela comitiva brasileira porque a China é o principal parceiro comercial do Brasil.
Além disso, Bolsonaro teve o mesmo tipo de reunião formal com o presidente norte-americano, Donald Trump. Os dois gigantes da economia mundial estão no meio de uma guerra comercial e, do ponto de vista diplomático, o Brasil tem mais a ganhar se mantiver uma postura equidistante.
A explicação do porta-voz da Presidência da República, general Otávio do Rêgo Barros, foi de que a agenda de encontros bilaterais do presidente chinês atrasou e que Bolsonaro não pode esperar. O avião da comitiva tinha horário marcado para decolar e o presidente ainda deveria passar no hotel. “Por isso o presidente decidiu abdicar da (reunião) bilateral e posteriormente os contatos serão retomados. A logística foi o determinante”, disse Rêgo Barros.
Mais cedo, Bolsonaro havia dito em entrevista coletiva que deverá ir à China em outubro — e pode incluir a Arábia Saudita na mesma viagem. Nessa sexta-feira (28), Bolsonaro teve um encontro com Trump, reforçando a aproximação estabelecida desde março, quando o presidente brasileiro foi a Washington.
O cancelamento da reunião bilateral com a China não foi o único durante a participação de Bolsonaro no G20, em Osaka, Japão. Ele tinha um encontro do mesmo tipo com o presidente da França, Emmanuel Macron, previsto na agenda divulgada à imprensa. O compromisso foi cancelado sem muitas explicações. Bolsonaro e Macron acabaram conversando de maneira informal nos bastidores do G20.