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sexta-feira 21 de março de 2025 às 09:58h

Com fim de ciclo de alta da Selic próximo, o que fazer com seus investimentos?

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O Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou a expectativa do mercado e elevou a Selic em 1 ponto porcentual, para 14,25% ao ano. O destaque, entretanto, ficou para o comunicado da decisão, que indicou mais uma elevação na taxa básica de juros na próxima reunião, que acontece em maio, mas em ritmo menor. Ou seja, o comitê deixou abertas as possibilidades de elevar a taxa em 0,25, 0,50 ou 0,75 ponto, e não deu sinalização sobre as reuniões seguintes. Mas o que isso indica sobre o cenário atual – e sobre o que você deve fazer com seus investimentos?

“A magnitude já era amplamente esperada. A grande expectativa era sobre o comunicado e se haveria um novo guidance. Nesse sentido, houve um tom bastante realista com a expectativa de inflação, que continua bem desancorada. Isso mostra o comprometimento do comitê com essa responsabilidade”, avalia Mônica Araújo, estrategista de Renda Variável da InvestSmart XP.

Para ela, foi natural a escolha por sinalizar mais uma elevação, mas em ritmo menor. “É natural não parar de sopetão. A gente está com uma posição de que pode parar um pouco acima de 15%”, diz Araújo.

Para ela, o tom mais duro do comunicado mostrou que o Comitê busca obter a confiança do mercado, o que é positivo na visão da estrategista. “Dá mais confiança de que o juro não precisaria chegar em 16% ou 17%, o que se via no começo do ano – a não ser que haja alguma mudança no fiscal”, diz ela.

“É de se esperar que esse ciclo possa estar chegando perto do fim. Do ponto de vista de estratégia de alocação, não muda muito se a taxa [terminal] for 14,75% ou 15,25%”, complementa Raphael Vieira, co-head de Investimentos da Arton Advisors.

Ou seja: com o Copom, aumentou a confiança de que o Banco Central está perto de encerrar o ciclo de alta da Selic.

Prazos mais longos para seus investimentos

Com essa maior previsibilidade, Araujo sugere que agora os investidores podem considerar títulos de renda fixa com prazos um pouco mais longos – tanto nos pós-fixados, quanto nos atrelados à inflação. “Eu buscaria ativos que remuneram melhor, com uma duration [prazo médio] de três a cinco anos, já me sinto mais confortável para isso, a depender do perfil de cada investidor e do percentual dentro da carteira”.

“Ainda devemos ver a inflação com números altos, e os títulos [atrelados à inflação] estão com taxas [prefixadas] que remuneram bem”, diz.

IPCA+ e pós-fixados

“Estamos em uma janela em que o CDI acabou dando mais retorno do que a NTN-B [Tesouro IPCA+], mas historicamente não é isso o que acontece”, diz Vieira. “A gente tem expectativa positiva com o nível de juro real, então, estamos nos posicionando em títulos atrelados à inflação com duration de 5 anos a 5 anos e meio. Estamos fazendo um mix entre inflação e CDI”.

A escolha entre os indexadores, diz Vieira, depende muito do prazo: para janelas mais curtas, de até três anos, a preferência é pelos pós-fixados. Para títulos de duration mais próxima de cinco anos, a preferência é por IPCA+.

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