O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), apresentou duas ações na Justiça, nesta segunda-feira (17), contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) pelos ataques que o parlamentar bolsonarista proferiu contra a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Uma representação foi direcionada ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, e a queixa-crime endereçada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de líder do PT, Lindbergh Farias é companheiro de Gleisi Hoffmann desde 2020.
A base das duas peças são as ofensas proferidas por Gayer, na rede social X, usando uma frase do cunho misógino do presidente Lula de que escolheu um “mulher bonita” para a articulação política com o Congresso.
“O representado (Gayer), de forma leviana e ofensiva, questiona se o deputado Lindbergh Farias ‘aceitaria que seu chefe oferecesse sua esposa’ aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, comparando de maneira difamatória e injuriosa a fala do presidente da República à conduta de um ‘cafetão oferecendo uma garota de programa’”, diz um trecho da representação à PGR.
Lindbergh cita ainda outra postagem de Gayer na qual ele afirmou que imaginava um “trisal” com o líder do PT, Gleisi Hoffmann e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
“As declarações colecionadas acima configuram graves ataques à honra de representantes dos Poderes do Estado, caracterizando-se como condutas injuriosas e difamatórias, além de representarem um viés misógino e pejorativo direcionado à ministra de Estado Gleisi Hoffmann”, diz a peça endereçada à PGR.
O líder do PT pede que o Ministério Público Federal instaure uma investigação para apurar as condutas de Gayer e responsabilizá-lo pelos crimes cometidos, como calúnia, difamação e violência política.
Já na queixa-crime apresentada ao STF, Lindbergh solicita que o deputado bolsonarista seja proibido de “fazer qualquer referência, direta, indireta ou subliminar em relação às autoridades ofendidas pelas postagens produzidas no dia 12 de março de 2025”. Essas autoridades são o líder do PT na Câmara, a ministra Gleisi, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente Lula.
Além disso, os advogados de Lindbergh solicitam que seja instaurada uma ação penal contra Gayer pelos crimes de injúria e difamação. “Não há, no presente caso, qualquer exercício legítimo da liberdade de expressão ou manifestação do pensamento”, enfatizam os representantes do líder do PT, na peça.