Mais de 200 venezuelanos identificados como membros de uma gangue foram deportados dos Estados Unidos neste domingo (16).
O grupo desembarcou em El Salvador e foi levado para uma prisão de segurança máxima, segundo o presidente salvadorenho Nayib Bukele. As informações foram divulgadas pela agência Associated Press.
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Horas antes da deportação ser efetuada, um juiz federal em Washington, D.C., capital americana, bloqueou a “Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798”, por 14 dias, alegando que o estatuto se refere a “atos hostis” perpetrados por outro país que são “equivalentes à guerra”. No último sábado (15), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invocou a lei para tentar contornar os tribunais de migração do país e conseguir acelerar a deportação em massa.
Nayib Bukele afirmou em rede social que 238 criminosos venezuelanos da gangue Tren de Aragua chegaram em El Salvador, junto de outros 23 membros da gangue MS-13. O governo Trump firmou um acordo com Bukele no valor de US$ 6 milhões por ano para que criminosos deportados sejam mantidos na mega-prisão CECOT.
Na Venezuela, o governo do presidente Nicolás Maduro disse que rejeitava o uso da lei “anacrônica” dos EUA para deportar supostos membros de gangues, afirmando a ação violaria os direitos dos migrantes.