‘A decepção não é com o governo, é com o Lula, com o que ele prometeu e não cumpriu’, diz Ciro Nogueira
Ex-chefe da Casa Civil da gestão de Jair Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) segue pontuando as falhas e erros do presidente Lula da Silva (PT) e sua forma de governar.
Entrevistado pelo EsferaCast, o videocast produzido pelo think tank Esfera Brasil, o parlamentar, que já foi aliado de Lula e do PT no passado distante, disse que o petista não é mais o político de outros tempos. Para Nogueira, o petista, que já foi um grande líder popular, hoje é uma pessoa amargurada por não poder andar nas ruas e só transitar em palácios e agendas oficiais fechadas.
“Acho que o presidente está completamente blindado, isolado e fora da realidade. Isso dói no homem que foi amado. Enquanto vê Bolsonaro sendo festejado onde vai, Lula hoje é um homem ressentido. Quando ele foi eleito, achei que iria agir como o Mandela, que usou o governo para unir a África do Sul. Mas o Lula só olha para trás”, disse Ciro Nogueira.
O senador também criticou o petista por ampliar a presença de aliados do partido no governo, com a nomeação de Gleisi Hoffmann para a articulação política do Planalto: “Esse Lula que veio, não veio para proteger a população, veio para trazer de volta o seu partido ao poder”.
Em relação à crise de popularidade do presidente da República e a reforma ministerial, Nogueira afirma que o que tem de mudar no país, não são os ministros, e, sim, o próprio presidente.
“A decepção não é com o governo, é com o Lula, com o que ele prometeu e não cumpriu. Esse excesso de gastos do seu governo é que tem inviabilizado a nossa economia. Isso é que é o grande problema”, diz o bolsonarista.
Em relação a um possível desembarque do PP do governo pensando no xadrez eleitoral de 2026, Ciro Nogueira afirma que ele foi contra a nomeação de André Fufuca para o Ministério do Esporte e que foi uma decisão pessoal do colega de partido. “O Progressistas não tem a menor identificação com esse governo. O Lula é de um tempo que pensava que, se entregasse cargos para os partidos, iria ter apoio. Hoje, o apoio vem da identificação com as bandeiras e com o que pensam os nossos eleitores”, concluiu Ciro Nogueira, presidente nacional do PP.