O presidente Lula disse nesta quarta-feira (12) que se empresários e agentes do mercado financeiro colaborarem, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegará ao fim do governo petista sendo considerado o melhor chefe da pasta que o Brasil já teve. Ele ainda argumentou que os efeitos das medidas adotadas pelo ministro precisam de tempo para surtir efeitos positivos.
“Então não pensem que eu tenho o direito de fazer algum absurdo com esse país. Economia não se faz com mágica, a gente não inventa. A gente sabe que aquilo que é fácil hoje pode ser difícil amanhã. E por isso nós trabalhamos para que a coisa dê certo. E eu vou dizer para vocês sem medo de errar: eu já tive muitos ministros, muitos companheiros na Fazenda. Mas podem ter certeza, se vocês colaborarem, a gente vai terminar o nosso governo com o Haddad passando para a história como o melhor ministro da Fazenda que esse país já teve. E é isso que eu quero que vocês acreditem. Nós não vamos brincar em serviço”, disse o Lula.
Na sequência dos elogios a Haddad, o presidente destacou seu incômodo com notícias veiculadas em jornais que classificou como “cretinas” e “falsas”. Especulou, ainda, que tais matérias poderiam ser “plantadas” para atender a interesses escusos.
“Eu fiquei muito chateado, viu Isaque, muito chateado com muitas matérias em jornal. Eu não sei se é plantada, se não é plantada. Mas eu acho que tem muito agiota fazendo sacanagem com o Brasil. Não sei se é gente que vive de especulação do dólar, se é gente que quer ganhar na Bolsa. Mas tem tanta notícia cretina, notícia falsa, sabe, que não tem explicação. Porque as pessoas conhecem a história das pessoas, as pessoas conhecem a minha história”, declarou.
O petista discursou nesta tarde no Palácio do Planalto, durante uma cerimônia em que assinou uma Medida Provisória criando a linha do consignado “Crédito do Trabalhador”.
Estavam presentes, entre outras autoridades, Fernando Haddad, os ministros Rui Costa, da Casa Civil e Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, e os presidentes da Câmara e Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), respectivamente.