Novo relatório da agência da ONU diz que 7 milhões de pessoas continuam deslocadas dentro do país, que se recupera de uma guerra que durou 14 anos; maioria dos que regressam vem do Líbano, Síria e Iraque.
Um levantamento da Agência Internacional para Migrações, OIM, mostra que uma em cada cinco pessoas deslocadas pela guerra na Síria está vivendo em abrigos improvisados ou em condições precárias.
Os casos são principalmente nas cidades de Idlib, Alepo e Hama.
Mobilidade e deslocamentos
É o primeiro relatório sobre o tema desde 2022. O documento revela que 28% de todos que retornaram a suas cidades estão vivendo em prédios danificados ou por terminar.
A Síria segue sendo uma grande crise humanitária e as necessidades são imensas, como diz a diretora da OIM, Amy Pope. Os dados foram produzidos pela Matriz de Monitoramento de Deslocados, DTM na sigla em inglês.
A agência da ONU está agora restabelecendo sua presença em Damasco, capital da Síria, após a mudança de regime. Com isso, a OIM pode retornar parcerias e auxiliar melhor em questões como mobilidade das pessoas. Desde meados de dezembro de 2024, existe um declínio notável em deslocamentos internos.
Líbano, Turquia e Iraque
Os retornos dos sírios intensificaram-se em janeiro deste ano após a queda do governo do presidente Bashar al-Assad.
Desde janeiro deste ano, um total de 571.388 pessoas retornaram à Síria do exterior. Mais da metade deste total chegou desde novembro passado. Cerca de 50% dos sírios que voltaram para casa estavam no Líbano, 22% na Turquia e 13% no Iraque.
A OIM expandiu suas operações na Síria e espera assistir mais de 1,1 milhão de pessoas na primeira metade deste ano. Em janeiro, a agência emitiu um apelo de US$ 73,2 milhões para ajudar a população.