Nova ministra da articulação política do governo do presidente Lula da Silva (PT), a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) já defendeu, numa reunião no Congresso, o fim da Justiça Eleitoral e classificou a existência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de um “absurdo” só existente no Brasil, lembra Robson Bonin, da coluna Radar.
“Não pode ter uma Justiça Eleitoral, que, aliás, é uma das únicas do mundo”, seguiu a deputada. “Custa três vezes o que custa o financiamento de campanha para disputa eleitoral. Tem alguma coisa errada nisso”, disse a nova ministra de Lula, em setembro de 2023, quando criticava multas eleitorais impostas ao partido pelos tribunais.
Então presidente do TSE, Alexandre de Moraes não deixou barato. “A Justiça Eleitoral atua com competência e transparência, honrando sua histórica vocação de concretizar a democracia e a autêntica coragem para lutar contra as forças que não acreditam no Estado democrático de Direito e pretendem obstar que atue no sentido de garantir o cumprimento da Constituição Federal e da legislação”, afirmou o ministro. “Lamentavelmente, a própria existência da Justiça Eleitoral foi contestada por presidente de partido político, fruto do total desconhecimento sobre sua importância, estrutura, organização e funcionamento”, seguiu a nota do ministro.