A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apresentou os resultados do projeto Saúde Digital, voltado à qualificação técnica de agentes e gestores municipais que atuam no setor. Com um investimento de R$500 mil por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED), a iniciativa viabilizou a capacitação de 546 profissionais nos 11 estados que formam a área de atuação da Sudene.
A ação foi desenvolvida em conjunto com o Núcleo de Telessaúde da universidade (NUTES/UFPE) e buscou modernizar a gestão de saúde nos municípios participantes. A ideia é melhorar a oferta dos serviços de telessaúde, qualificando os participantes para atuar com as novas demandas deste campo.
Os indicadores do programa foram apresentados pela coordenadora do Núcleo de Telessaúde (Nutes) da UFPE, Magdala Novaes. A formação de Agente de Saúde Digital ofereceu 400 vagas tendo alcançado 846 inscritos, enquanto o curso de Gestor de Saúde Digital recebeu a adesão de 226 interessados nas 198 oportunidades disponíveis. Ao final do processo, foram formados 413 agentes e 133 gestores em 51 localidades, escolhidas com base na estratégia de interiorização do desenvolvimento regional proposta pelo Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE).
A formação dos agentes foi ofertada através da ferramenta INDU, plataforma de educação digital do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Após a realização do curso, os participantes contaram com tutoria durante três meses após a realização do curso, envolvendo monitoria e avaliação da estratégia de capacitação.
“Concluímos a execução desse projeto com resultados muito positivos. Tínhamos como meta a oferta de uma ação educacional e conseguimos um percentual acima de 100% em ambas as categorias, mesmo enfrentando uma eleição municipal no período, incluindo para além dos agentes comunitários e de controle de endemia, também os gestores de Saúde nos municípios”, analisou a responsável técnica dos projetos na Sudene, Vera Assunção.
Magdala Novaes, por sua vez, aponta novas perspectivas para oferta de formação continuada em saúde digital, envolvendo aspectos relacionados à inteligência artificial, telemedicina, além do aprimoramento de estratégias de ensino no setor para reduzir a evasão. “É interessante pensar na expansão para outras categorias de saúde. Programas como o SUS Digital estão utilizando diversas opções de tecnologia aplicada. Além disso, vários municípios do País estão trabalhando em plano de saúde digital”, afirmou.