O deputado estadual e presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Eduardo Salles (PP) se posicionou nesta última segunda-feira (10) em entrevista ao OFF News, sobre o fim do contrato de concessão da ViaBahia, responsável pelas BRs 324 e 116.
Em entrevista ontem, ele defendeu que a cobrança de pedágio seja imediatamente suspensa, já que a concessionária não realizou as obras estruturantes previstas no contrato ao longo dos 15 anos de concessão.
“Não faz sentido continuarmos pagando pedágio se os serviços não são prestados. Durante esses anos, os baianos pagaram pelo uso dessas rodovias, mas a ViaBahia não cumpriu com as grandes obras prometidas. Agora, se uma nova licitação for feita imediatamente, toda essa dívida será repassada ao consumidor, elevando o preço do pedágio para cobrir obras que a antiga concessionária não fez. Por isso, sou contra uma nova licitação neste momento”, afirmou Salles.
O deputado defendeu que, antes de uma nova concessão, o governo federal assuma a responsabilidade pelas obras mais urgentes, como a duplicação de trechos críticos, construção de viadutos e pontes. “O ideal é que o governo realize essas intervenções primeiro, garantindo melhorias essenciais para os usuários. Somente depois disso, uma nova licitação poderá ocorrer, com uma empresa séria, responsável e comprometida com a prestação de um bom serviço”, acrescentou.
Apesar da saída da ViaBahia, Eduardo Salles destacou que a Assembleia Legislativa seguirá vigilante para garantir que a transição ocorra da melhor forma possível. Ele citou a decisão do ministro Antônio Anastasia, do Tribunal de Contas da União (TCU), que determina a manutenção de serviços essenciais durante o período de transição, como guinchos, ambulâncias e monitoramento das rodovias.
“Não vamos baixar a guarda. A ViaBahia saindo, a cobrança continua para que as melhorias sejam feitas. Não podemos aceitar que as rodovias continuem no abandono. O compromisso dos legisladores é garantir que a população tenha um serviço digno e que as soluções sejam implementadas de forma eficaz”, concluiu.
A concessão da ViaBahia se encerra oficialmente no dia 31 de março, e o governo federal ainda não detalhou como será feita a administração das rodovias após essa data.