sábado 1 de fevereiro de 2025
Arthur Lira, presidente da Câmara, e Hugo Motta, deputado Foto: Iander Porcella/Coluna Estadão
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sábado 1 de fevereiro de 2025 às 07:02h

Arthur Lira deixa o poder na Câmara com festa que atrai de Eduardo Cunha a Gleisi Hoffmann

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Arthur Lira (PP-AL), considerado o presidente da Câmara mais poderoso dos últimos tempos, encerrou seu segundo mandato com uma festa que reuniu todo o espectro político brasileiro na noite desta última sexta-feira (31) – do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (Republicanos) à presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Passaram pelo evento tanto o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para assumir neste sábado (1º) o cargo de Lira, quanto figuras mais ligadas à esquerda, como os parlamentares Pedro Campos (PSB-PE) e Túlio Gadêlha (Rede-PE), como registra os colunistas Iander Porcella e Roseann Kennedy, do jornal O Estado de S. Paulo..

A avaliação geral era de que Lira foi e continuará sendo uma “peça-chave” no xadrez do Centrão, grupo político que dá as cartas no Congresso. O deputado alagoano, inclusive, é cotado para assumir o Ministério da Agricultura no lugar de Carlos Fávaro (PSD), enquanto Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que desfilou com um adesivo de Motta, é o favorito para comandar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) na vaga hoje ocupada pelo petista Alexandre Padilha.

Com o sentimento de dever cumprido, após pavimentar o caminho para eleger Motta como seu sucessor, Lira estava descontraído e à vontade para pedir músicas aos cantores presentes no evento. O presidente da Câmara quis ouvir Sua Melhor Versão, Bruno e Marrone, Mil e Uma Noites de Amor, Pepeu Gomes, e Conselho, Grupo Revelação. Uma das bandas que tocou no local era Hudson e Felippe.

No cardápio do jantar, risoto de camarão, ceviche, quibe, dadinho de tapioca e tábua de frios. Para beber, vinho branco e tinto, uísque, água e refrigerante. O tempo chuvoso comprimiu os convidados em ilhas, no amplo quintal da residência oficial da Presidência da Câmara, que fica às margens do Lago Paranoá, em Brasília.

A cúpula do União Brasil estava lá, com o presidente do partido, Antonio de Rueda, e Elmar Nascimento (BA), ex-líder da bancada na Câmara que será agora o segundo vice-presidente da Casa. Antes melhor amigo de Lira, Elmar foi preterido na sucessão e agora tem uma relação apenas protocolar com o deputado alagoano – os dois não conversaram na festa.

O PP de Lira – como Ciro Nogueira (PI), Tereza Cristina (MS), André Fufuca (MA) e Eduardo da Fonte (PE) – estava em peso no jantar, assim como o PT de Lula. Além de Gleisi, compareceram petistas como Lindbergh Farias (RJ), Zeca Dirceu (PR), Odair Cunha (MG) e Rubens Pereira Jr (MA). Pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, estava Altineu Côrtes (RJ).

Além de Cunha e Motta, estavam lá pelo Republicanos o presidente da sigla, Marcos Pereira. A deputada Dani Cunha (RJ), do União, também se fez presente.

Um petista com trânsito no Planalto disse à Coluna do Estadão, sob reserva, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ter ido à cerimônia para criar um fato político. Lula tem sofrido com queda na popularidade, e precisa do Centrão para chegar competitivo à eleição de 2026.

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