Favorito à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) vai participar nesta terça-feira (28) de um jantar com o governador Cláudio Castro (PL), o prefeito Eduardo Paes (PSD) e toda a bancada de deputados federais do Rio de Janeiro.
O encontro será logo mais, às 19h30, na churrascaria Assador, no Aterro do Flamengo, na zona sul carioca.
No “cardápio” preparado para Motta estão pedidos de que ele assuma compromissos com:
- a derrubada de vetos de Lula ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) considerados prejudiciais ao estado do Rio de Janeiro;
- e a mediação de um acordo entre estados para não haver a redução do número de cadeiras de deputados federais do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados e estaduais na Assembleia Legislativa (Alerj) como fruto de uma ação ajuizada pelo governo do Pará no STF sobre a revisão periódica da proporcionalidade deputado/população.
Cláudio Castro foi um dos governadores mais enfáticos nas críticas aos vetos de Lula ao programa de renegociação das dívidas dos estados com a União.
Ao sancionar o Propag, Lula vetou os trechos que previam: possibilidade do uso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) para abater parte do saldo devedor com a União e possibilidade de abatimento deste saldo por meio de valores investidos nos chamados “serviços de cooperação federativa” em áreas como segurança e infraestrutura.
“Vetar o uso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, aprovado na reforma tributária, para o abatimento da dívida e permitir assim que os estados possam abater 20% das suas dívidas e ingressar em um ambiente de menos juros, na prática, mata o programa”, declarou o governador do Rio à época.
Em nota à imprensa depois da sanção, Castro afirmou ser “sabido que, nos corredores do Palácio do Planalto, pessoas de baixo espírito público eram contra a sanção do Propag, alegando que esse projeto beneficiaria apenas os estados governados por aqueles que não apoiaram a eleição do atual Presidente da República”.
“É dessa visão míope que se alimenta o ódio entre as pessoas, que gera violência política e mantém nosso país refém de um ambiente tóxico, onde alguns insistem em dividir o país entre os bons e os maus, os de direita e os de esquerda, os de situação e os de oposição”, acrescentou Castro naquela ocasião.