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Jair e Michelle Bolsonaro — Foto: AFP
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sábado 25 de janeiro de 2025 às 18:38h

Michelle ‘bom nome’, Flávio cogitado e ‘sacrifício’ de Eduardo: família Bolsonaro dá sinais desencontrados sobre 2026

ELEIÇÕES 2026, NOTÍCIAS


Horas após levantar a possibilidade de Michelle Bolsonaro disputar em 2026 o Palácio do Planalto, o ex-presidente Jair Bolsonaro recuou. Em entrevista à CNN Brasil na quinta-feira, ele condicionou a candidatura da ex-primeira-dama à sua própria nomeação para a Casa Civil em caso de vitória. Mais tarde, no entanto, afirmou não haver nada encaminhado para lançar Michelle ao Executivo, e que a mulher é candidata ao Senado. Ele disse ainda que os filhos seriam as possíveis apostas para a Presidência.

A família Bolsonaro tem dado declarações desencontradas sobre a eleição presidencial do ano que vem desde que o ex-presidente foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.

— Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela (Michelle) está na margem de erro do Lula. Esse evento lá fora (a posse do presidente Donald Trump) vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser — afirmou à CNN Brasil.

Michelle viajou aos Estados Unidos para representar Bolsonaro na posse de Trump, já que ele está com o passaporte retido, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devido a investigações das quais é alvo.

Ao portal Metrópoles, o ex-presidente ponderou, no mesmo dia:

— Não tem nada negociado, nada conversado (sobre Michelle na Presidência). Ela vem candidata ao Senado aqui em Brasília. Se tivesse que botar alguém da família, seria o Flávio (Bolsonaro), o Eduardo (Bolsonaro).

No caso dos dois filhos, Bolsonaro ressaltou que são possíveis candidatos ao Senado na próxima eleição.

Mesmo inelegível, Bolsonaro vinha insistindo que ele é o candidato ao Planalto em 2026, não admitindo discutir um nome para substitui-lo na direita.

No início do mês passado, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP)chegou a admitir que poderia ser o “plano B” do PL para 2026, em declaração ao jornal “Folha de S. Paulo”.

—O plano A é Bolsonaro, posso ser o plano B — disse ele, que participava da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em Buenos Aires.

Dois dias depois, Eduardo foi desautorizado pelo pai. Questionado sobre o assunto em entrevista à Rádio Gaúcha, Bolsonaro chamou a si próprio de “plano A, B e C” do partido, e disse que só pensaria em alternativas depois da “morte física ou política em definitivo”.

Agora, o deputado voltou a levantar essa possibilidade, em entrevista ao GLOBO. Em evento nos Estados Unidos, Steve Bannon o citou como futuro presidente.

—Vejo esses comentários como elogio, mas meu plano A, B e C segue sendo Jair Bolsonaro. Mas, se ocorrer, se for para ser o candidato com ele escolhendo, eu me sacrificaria, sim — disse Eduardo.

Em meados de dezembro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) descartou eventual candidatura ao Planalto, após seu nome ser defendido pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

— A minha pretensão é ser candidato à reeleição ao Senado pelo Rio de Janeiro. Eu confio na reversão da situação do Bolsonaro para que ele seja o candidato a presidente —afirmou o senador ao portal Metrópoles.

Outros nomes

Na entrevista à CNN Brasil na quinta-feira, além de Michelle, Bolsonaro citou outros nomes que poderiam se candidatar à Presidência com seu apoio em 2026, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e o filho Eduardo.

— O que vai definir é a popularidade dele fora de São Paulo — disse.

Ele colocou em dúvida a viabilidade dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas, Romeu Zema (Novo), e do cantor Gusttavo Lima. E considerou o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) “carta fora do baralho”. Os dois se desentenderam na eleição para a prefeitura de São Paulo no ano passado.

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