A Prefeitura de Salvador, por meio da Diretoria da Pessoa com Deficiência da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (DPD/Sempre), deu início nesta quinta-feira (23) ao curso gratuito de Formação de Ledores e Transcritores. Com carga horária de 30 horas, as aulas acontecem na sede do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comped), em Nazaré, em acontecem às quintas-feiras, das 9h às 11h30, até o dia 20 de fevereiro.
A diretora da DPD/Sempre e presidente do Comped, Daiane Pina, a iniciativa é essencial para ampliar a acessibilidade. “Quando formamos esses profissionais, estamos promovendo a inclusão das pessoas com deficiência em espaços educacionais, acadêmicos e profissionais. Isso fortalece a autonomia e a dignidade, conforme prevê a legislação”, explicou.
Os profissionais formados atuarão como suporte para pessoas com deficiência em provas, cursos, palestras e outras atividades. “O ledor é a voz de quem não consegue ler, enquanto o transcritor é quem registra o que o candidato não pode escrever”, explicou o psicopedagogo e palestrante do curso Alan Gandarella.
O instrutor destacou a troca de experiências como ponto central do curso. “Abordamos desde a leitura clara até a empatia com cada deficiência. O ledor e o transcritor são tradutores, garantindo que a mensagem seja compreendida com clareza e respeito”, ressaltou.
O curso atraiu profissionais de diversas áreas, como Margarete Machado, funcionária da Sempre. “O que mais me chamou atenção foi a responsabilidade do transcritor. Saber que você é a ponte para alguém alcançar seus objetivos traz um olhar mais sensível e humanizado”, afirmou.
Estudante de Direito, Carine Dias também viu no curso uma oportunidade para o futuro. “A inclusão é fundamental para garantir direitos de acessibilidade. Quero aplicar esses conhecimentos na área jurídica, que carece de profissionais qualificados em acessibilidade”, compartilhou.
Inclusão
Além de ledores e transcritores, a Prefeitura também investe em cursos como Libras e audiodescrição, reforçando o compromisso com a inclusão. “Estamos criando uma cidade mais acessível para todos, oferecendo ferramentas para que cada pessoa, independentemente da deficiência, possa exercer sua cidadania plenamente”, concluiu Daiane Pina.