Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) criaram, no fim de semana, uma “memecoin” (ou “moeda meme”) semelhante à que Donald Trump lançou nos EUA, com valorização bilionária desde a posse dele como presidente. A versão brasileira da criptomoeda se chama “Patriota Coin” e está sendo divulgada via redes sociais como o X (antigo Twitter) e o Telegram, direcionada justamente a bolsonaristas. As informações são da coluna de Lauro Jardim, do O Globo.
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Em pouco mais de 24h, o ativo ganhou a adesão de cerca de 1,2 mil pessoas e recebeu, até ontem, investimentos que chegam a US$ 390 mil (ou seja, R$ 2,3 milhões). Considerada uma moeda especulativa, sem utilidade em transações, a “memecoin” busca capitalizar o engajamento popular relacionado a uma pessoa, movimento ou viral da internet.
No caso da “Patriota Coin”, os criadores a descrevem como “um símbolo de unidade e apoio a valores patriótico” e também “uma forma de participar de uma comunidade com propósito”. Os autores afirmam que o projeto é independente e não pertence a Bolsonaro. E parafraseiam o ex-presidente ao dizer que a moeda “além de imorrível, imbrochável e incomível”, a moeda é “intributável”.
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A divulgação da criptomoeda utiliza imagens dos protestos bolsonaristas no Dia da Independência de 2020, durante a pandemia da Covid-19, com aglomeração de manifestantes mesmo na contramão das recomendações médicas e sanitárias. O momento, segundo os criadores da “Patriota Coin”, teria marcado uma “onda de engajamento” sobre identidade nacional e pertencimento coletivo.
No caso de Trump, a perceção entre americanos é de que as “memecoins” dele e de Melania Trump, a primeira-dama, terão a valorização atrelada à popularidade do novo mandato presidencial dele. Por lá, a capitalização dos ativos já ultrapassou os US$ 10 bilhões.