quinta-feira 16 de janeiro de 2025
Lula recebeu em agosto de 2024, Arthur Lira (PP-AL) e, líderes de bancadas da Câmara e presidentes de partidos aliados no Palácio da Alvorada - Foto: Ricardo Stuckert/PR
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quinta-feira 16 de janeiro de 2025 às 08:45h

Integrantes do Executivo e do Centrão defendem que governo tenha líderes no Congresso que não sejam do PT

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Parlamentares do Centrão e integrantes do Executivo, entre eles ministros de partidos da base, têm defendido que outra troca aconteça na esteira da esperada reforma ministerial: uma mudança nas lideranças do governo que atuam no Congresso.

Hoje, os três líderes são nomes petistas: o deputado José Guimarães (PT-CE), na Câmara; o senador pela Bahia, Jaques Wagner (PT), no Senado; e o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), no Congresso.

Uma das reclamações, segundo Elisa Clavery e Marina Franceschini, da GloboNews, é que o trio do PT se soma à exclusividade petista nos ministérios do Palácio do Planalto: Rui Costa, na Casa Civil; Alexandre Padilha, na Secretaria de Relações Institucionais; e Márcio Macedo, na Secretaria-Geral da Presidência.

A ideia seria dar ao menos uma liderança de governo para um nome do Centrão, com o objetivo de facilitar o diálogo do governo com os parlamentares – em meio a uma base fragilizada e insatisfeita, por exemplo, com a distribuição de emendas e a falta de espaço na Esplanada.

Entre outras coisas, o líder do governo é responsável por articular as propostas do Executivo no Congresso e levar as demandas dos parlamentares até o Palácio do Planalto, além de atuar como um “bombeiro” nos momentos de crise. Na prática, funciona como uma ponte entre os dois Poderes.

Dois nomes do Centrão, mas de perfil governista, surgem nas rodas de conversa para assumir um cargo: o do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), atualmente líder da Maioria no Congresso; e o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), líder do MDB na Câmara e que chegou a ser cotado como possível candidato à presidência da Casa. A aliados, ambos dizem não terem sido procurados por ninguém do governo sobre a possibilidade.

No caso da liderança do Congresso, responsável pela articulação de temas ligados às duas Casas – como emendas parlamentares e vetos presidenciais -, o cargo pode ser ocupado tanto por um senador quanto por um deputado.

Há quem defenda que a função seja, agora, ocupada por um deputado, já que a Câmara é a Casa onde o governo apresenta maiores dificuldades.

E lembram que, no passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro precisou fazer um movimento parecido: tirou da função a então deputada Joice Hasselman (à época do PSL) e colocou o senador Eduardo Gomes (hoje PL, mas à época MDB). Na ocasião, Bolsonaro tinha mais dificuldades de articulação no Senado.

Em mandatos anteriores do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, nomes do Centrão também já ocuparam a liderança do governo, como o do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR).

Reservadamente, um ministro de partido de Centro defende a mudança como forma de melhorar a relação do governo com o Congresso, mas diz que o novo líder precisaria ter “autonomia”.

“Mudar o poste e não resolver a fiação vai continuar deixando o local sem energia”, disse.

Caso a mudança se concretize, há quem diga que o presidente Lula teria que encontrar uma “saída honrosa” para o nome que fosse retirado. No caso de José Guimarães, por exemplo, o deputado tem sido cotado para assumir a presidência do PT ou mesmo para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, o ministério responsável pela articulação política no Congresso.

Nas palavras de um aliado do governo, o parlamentar “não pode ir para o sacrifício”, já que o próprio presidente Lula gosta do trabalho dele e Guimarães é pré-candidato ao Senado em 2026.

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