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Benjamin Netanyahu em 2 de setembro de 2024 — Foto: Ohad Zwigenberg / Pool / AFP
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quinta-feira 16 de janeiro de 2025 às 07:27h

Netanyahu acusa Hamas de mudar termos de cessar-fogo; grupo nega

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (16) que seu Conselho de Ministros não se reunirá para aprovar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza até que o Hamas recue do que chamou de uma “crise de última hora”.

O gabinete de Netanyahu acusou o grupo terrorista palestino de voltar atrás em partes do acordo numa tentativa de “extorquir concessões de última hora”. No entanto, o premiê não forneceu mais detalhes.

O Conselho de Ministros israelense estava previsto para ratificar o acordo nesta quinta-feira. Segundo a agência de notícias Reuters, o governo israelense deve aprovar texto e afirma que alguns detalhes do documento ainda precisam ser finalizados.

Um membro do Hamas afirmou à Reuters nesta quinta que o grupo está respeitando os termos do acordo anunciado pelos mediadores.

Catar e Estados Unidos anunciaram na tarde de quarta-feira o acordo, que prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Os dois países, junto com o Egito, mediaram as negociações que se arrastaram por meses. Leia mais detalhes sobre os termos do cessar-fogo abaixo.

Cessar-fogo em Gaza

O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrará em vigor a partir de domingo (19). O tratado será implementado em fases, que ainda dependem de negociações. Enquanto isso, o governo de Israel deve votar o texto do acordo nesta quinta-feira (16).

Em linhas gerais, o acordo prevê o fim definitivo do conflito e a libertação de todos os reféns que ainda estão sob o poder do Hamas. Cerca de 100 pessoas que foram sequestradas pelo grupo terrorista em Israel, em outubro de 2023, continuam na Faixa de Gaza.

A primeira fase do acordo, que já está negociada, durará seis semanas e prevê a libertação de 33 reféns. Eles serão liberados aos poucos. Durante este período, Israel se compromete a retirar parte das tropas da Faixa de Gaza e a soltar prisioneiros palestinos.

A segunda fase do cessar-fogo começará a ser negociada a partir do início de fevereiro, enquanto a primeira etapa ainda estiver em vigor. A partir daí, Israel e Hamas tratarão da libertação dos demais reféns que estão com o grupo terrorista, incluindo os corpos daqueles que morreram.

Já a terceira e última fase também depende de negociações. Segundo o plano, nesta etapa serão acordados a reconstrução de Gaza e quem governará o território palestino.

Se tudo ocorrer dentro dos conformes, a implementação da última fase representaria um fim definitivo na guerra.

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, pediu para que Israel e Hamas se comprometam a cumprir com o plano acordado.

Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ressaltou a importância da entrada de ajuda humanitária para os civis palestinos que estão em Gaza e lembrou das famílias israelenses vítimas do terrorismo.

“Mesmo enquanto celebramos esta notícia, lembramos todas as famílias cujos entes queridos foram mortos no ataque do Hamas em 7 de outubro, e as muitas pessoas inocentes que perderam a vida na guerra que se seguiu. Já passou da hora de os combates terminarem e de o trabalho de construir a paz e a segurança começar”, disse em comunicado.

O governo de Israel afirmou que alguns detalhes do acordo ainda precisam ser afinados. Segundo a Reuters, a expectativa é que a maioria dos ministros israelenses vote a favor do texto, abrindo caminho para a implementação do tratado a partir de domingo.

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