quinta-feira 16 de janeiro de 2025
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach em entrevista a Roberto Cabrini da TV Record - Foto: Divulgação
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quinta-feira 16 de janeiro de 2025 às 07:15h

Delator executado em aeroporto foi morto por PM, diz Corregedoria da Polícia Militar de SP

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A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo deu início na manhã desta quinta-feira (16) a uma operação para prender policiais militares acusados de envolvimento com o PCC.

Entre os investigados está um policial militar identificado como autor dos disparos que mataram o empresário Vinícius Gritzbach, delator executado no começo de novembro na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande SP.

Em sua delação premiada feita ao Ministério Público de São Paulo, o empresário do ramo imobiliário, acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro e em um duplo homicídio, entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e acusou policiais de corrupção e de fazerem lavagem de dinheiro para a facção criminosa.

A operação tem como objetivo cumprir 15 mandados de prisão preventiva, incluindo dois tenentes e 13 praças, além de 7 mandados de busca e apreensão em endereços na capital paulista e na Grande São Paulo.

Vazamento de informações

A operação da Corregedoria teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024 que apontava possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção evitando prisões e prejuízos financeiros.

A investigação inicial, conduzida pela Corregedoria, evoluiu para um Inquérito Policial Militar instaurado em outubro de 2024.

Segundo a Corregedoria, informações estratégicas eram vazadas por policiais militares, incluindo da ativa, da reserva e ex-integrantes da Instituição.

Um dos beneficiados era o empresário Gritzbach, que usava policiais militares em sua escolta privada, caracterizando a integração de policiais à organização criminosa.

A investigação resultou na expedição de 15 mandados de prisão preventiva e 7 mandados de busca e apreensão em endereços na Capital e Grande São Paulo. Entre os investigados está um policial militar identificado como autor dos disparos que mataram Gritzbach.

Execução de Gritzbach

Câmeras de segurança gravaram o crime cometido por dois homens encapuzados e com fuzis que fugiram em seguida. Um motorista por aplicativo foi atingido por um dos disparos e também morreu.

Dois suspeitos de participarem da execução foram presos dias depois pela força-tarefa criada pelo governo paulista para investigar o caso. Um terceiro suspeito foi identificado e está foragido.

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