quarta-feira 15 de janeiro de 2025
A Escola do Legislativo, em parceria com o Departamento de Taquigrafia da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) - Foto: Divulgação
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quarta-feira 15 de janeiro de 2025 às 10:57h

Escola do Legislativo baiano forma novos profissionais do ‘Curso de Taquigrafia’ um dos poucos do Brasil

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A Escola do Legislativo, em parceria com o Departamento de Taquigrafia da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), promoveu, na tarde desta última terça-feira (14), a solenidade de formatura da 5ª turma do Curso de Taquigrafia. A entrega dos certificados de conclusão foi realizada no Plenarinho Deputado Coriolano Sales, que ficou lotado, em pleno recesso parlamentar, de amigos e parentes dos formandos, além de gestores e funcionários da Casa.

Dividido em duas etapas, o curso começou em 8 de agosto de 2023 e terminou no dia 19 de dezembro de 2024, perfazendo uma carga horária total de 144 horas. “É de extrema importância a formação de novos profissionais para a taquigrafia baiana, que agora estão capacitados a aplicar esta técnica milenar tão fundamental no registro de documentos e na preservação da memória do Poder Legislativo”, salientou a diretora da Escola do Legislativo, Fernanda Guedes.

Foram três semestres de aulas, sempre nas manhãs de terças e quintas-feiras, com dois módulos que incluíam, entre outros conceitos, a história, evolução e atualização da taquigrafia, lista de taquigramas especiais e a decifração de sinais. O público do curso foi constituído de servidores da ALBA e seus dependentes, funcionários do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) e da Câmara Municipal de Salvador (CMS). No exame final, aconteceram avaliações prévias, a exemplo do ditado de cinco minutos em velocidade 80 palavras por minuto, com objetivo de verificar a evolução de cada participante.

Os ensinamentos foram ministrados pelas professoras Marilanja Pereira, formada em Letras e ex-presidente da União Nacional dos Taquígrafos, e Mirela Novais, bacharel em Direito e coordenadora do setor de Apanhamento e Revisão. “Foi um processo muito bom estar junto com esta turma heterogênea, mas com pessoas bastante interessadas, felizes em conhecer a técnica”, avaliou a instrutora Mirela. Já a servidora Marilanja ressaltou que, “apesar dos avanços da tecnologia, com o advento da Inteligência Artificial, é essencial formar taquígrafos, porque não existe ainda nenhum software que consiga transcrever a fala humana sem erros, como também entender o espírito do orador”.

Marcelo Rodrigues está há 18 anos na Casa do Povo. Ele já passou pela Divisão de Recursos Humanos e também pela Escola do Legislativo. Agora, com as habilidades necessárias que adquiriu neste curso, sente-se em condições de exercer a profissão de taquígrafo. “A jornada não foi fácil, mas cada desafio me fortaleceu e me trouxe até aqui. Aprendi que a persistência é a chave que abre portas inimagináveis”, salientou o funcionário, que trabalha, atualmente, no Apoio à Taquigrafia.

Também participaram da mesa dos trabalhos da solenidade de formatura dos novos taquígrafos o superintendente de Assuntos Parlamentares, Bira Coroa; a gerente do Departamento de Desenvolvimento Pedagógico, Yuriko Guimarães; e o presidente do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa da Bahia (Sindsalba), Fábio Macêdo.

Curiosidades sobre a taquigrafia

A taquigrafia é um sistema de escrita abreviada que usa sinais para representar sons e palavras. A palavra taquigrafia vem do grego tachys, que significa “rápido”, e grafia, que significa “escrita”.

A taquigrafia é usada por profissionais chamados taquígrafos, que registram em tempo real as sessões de tribunais e legislativas. As notas taquigráficas têm valor documental e são arquivadas para consulta.

Para fazer taquigrafia, é preciso:

  • Dominar uma tabela com os símbolos dos fonemas mais comuns
  • Memorizar os símbolos e aprender a combiná-los
  • Anotar palavras rapidamente
  • Juntar os símbolos dos fonemas para gerar palavras

No Brasil, as técnicas de taquigrafia mais usadas são o Método Maron e o Método Leite Alves.

O serviço de taquigrafia foi criado no Brasil em 1823, por ordem de José Bonifácio de Andrada, para registrar as sessões da Assembleia Nacional Constituinte.

Para trabalhar como taquígrafo, é preciso ter um domínio avançado da língua portuguesa, foco, resistência, memória, resiliência e boa audição.

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