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quinta-feira 9 de janeiro de 2025 às 15:27h

‘Voto em quem você quiser, vou mandar meu Pix pra ti’, diz eleitor a prefeito nordestino foragido

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Áudios e mensagens via WhatsApp levaram a Polícia Federal a indícios de compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2024 no sertão do Ceará, conforme reportagem de Pepita Ortega e Fausto Macedo, do O Estado de S. Paulo. A pista foi encontrada, de acordo com o jornal, em diálogos recuperados por peritos federais do celular do prefeito eleito de Choró, Carlos Alberto Queiroz, o ‘Bebeto do Choró’, foragido da Justiça. Ao analisar o conteúdo do aparelho, os investigadores pegaram diálogos recheados de frases como “Você pode mandar em quem eu votar”, “diga ao padre aí que comece a pedir voto”. Interlocutores de Bebeto o chamam de ‘grande líder’ e ‘macho’. O Estadão pediu manifestação da defesa.

A recuperação do aparelho e das mensagens frustrou a tentativa de ‘Bebeto do Choró’ de “dificultar o acesso a informações potencialmente comprometedoras”, segundo a PF. Ao ser abordado por agentes federais, em outubro do ano passado, ele atirou o celular no espelho d’água de um edifício da orla de Fortaleza, onde fazia ‘atividades físicas’.

Os peritos da PF acessaram diálogos que indicam compra de votos e promessas de Bebeto de apoio financeiro a aliados. Nas conversas, que contêm inclusive áudios do prefeito foragido, os analistas encontraram comprovantes de transferências supostamente realizadas pelo político a partir de contas de laranjas.

As mesmas conversas registram compromissos assumidos por eleitores de votarem em ‘Bebeto do Choró’ ou em nomes por ele indicados. “Tava precisando de uma ajuda tua […] aí a família tudinho vota no senhor”, disse um eleitor.

A Polícia Federal avalia ainda conforme o Estadão, que algumas mensagens revelam a influência de Bebeto nas eleições de cidades vizinhas a Choró.

As conversas registram não apenas supostos crimes eleitorais, segundo a PF, mas também indícios de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro de emendas parlamentares, Nesse ponto, a investigação aponta para o deputado Júnior Mano (PSB), que seria ‘padrinho’ político de Bebeto, segundo investigadores.

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