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segunda-feira 6 de janeiro de 2025 às 15:42h

Congresso certifica vitória de Trump em meio a alertas para que EUA não esqueçam ataque ao Capitólio

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Nesta segunda-feira (6), dois meses depois de Donald Trump ser declarado vitorioso nas eleições presidenciais de 2024, o resultado acachapante que obteve nas urnas foi enfim confirmado pelo Congresso americano na tarde desta segunda-feira, consagrando seu retorno triunfal à Casa Branca. O palco do tradicional rito, o Capitólio, porém, carrega uma mancha na História da democracia americana: há exatos quatro anos, apoiadores de Trump tentaram barrar a certificação de Joe Biden, inflamados por alegações falsas sobre uma eleição roubada. Apesar do cenário diferente dessa vez — já que os resultados não foram contestados pela adversária do nova-iorquino, a democrata Kamala Harris —, ainda há lembranças remanescentes daquele 6 de janeiro de 2021, com apelos para que aquele dia não seja esquecido.

Em artigo publicado no Washington Post antes da cerimônia de certificação, o presidente Biden denunciou no domingo o que chamou de um “esforço implacável” para “reescrever — mesmo apagar — a História daquele dia.”

“Neste 6 de janeiro, a ordem será restabelecida. Funcionários, assistentes e membros do Congresso se reunirão para certificar os resultados de uma eleição presidencial livre e justa e garantir a transferência pacífica de poder. (…) Por grande parte de nossa História, esse processo foi tratado como uma formalidade, um ato rotineiro. Mas, depois do que todos nós testemunhamos em 6 de janeiro de 2021, sabemos que nunca mais podemos tomá-lo como garantido. (…). Devemos lembrar da sabedoria do ditado de que qualquer nação que esquece seu passado está condenada a repeti-lo”, escreveu Biden na véspera.

O líder da minoria democrata na Câmara, deputado Hakeem Jeffries, de New York, também se manifestou. “A História sempre se lembrará da tentativa de insurreição, e nunca permitirá que a violencia que transcorreu à vista de todos seja apagada”, escreveu em comunicado.

Kamala foi quem presidiu a cerimônia de diplomação. Em um vídeo postado nas redes sociais esta manhã, a vice-presidente não fez comentários diretos sobre o 6 de janeiro de 2021, mas disse que seu trabalho “é uma obrigação sagrada — uma que eu defenderei guiada pelo amor ao país, lealdade à nossa Constituição e minha fé inabalável no povo americano”.

Apesar de já esperarem um rito pacífico, a cerimônia, ainda assim, ocorreu sob forte esquema de segurança. O entorno do Capitólio foi bloqueado, com altas cercas de metal, e recursos de segurança federais, estaduais e locais foram reforçados. Pela primeira vez, o dia foi designado pelo Departamento de Segurança Interna como um “evento nacional especial de segurança”.

‘Dia de amor’

Com seu retorno ao cargo, transferido de forma pacífica, Trump agora tem a plataforma para enxaguar e transformar ainda mais o ataque ao Capitólio no que ele chama de “um dia de amor”. Trump já prometeu perdoar os participantes da invasão na primeira hora de sua nova administração, enquanto seus apoiadores no Congresso estão pressionando por acusações criminais contra aqueles que investigaram suas ações naquele dia caótico.

Pouco antes da cerimônia desta segunda-feira, Chuck Schumer, líder da minoria democrata no Senado, discursou no Plenário fazendo um apelo a Trump contra o perdão aos criminosos que agrediram policiais naquele dia. Ele disse que perdoá-los “seria um endosso perigoso à violência política. É errado, é imprudente e seria um insulto à memória daqueles que morreram em conexão com aquele dia”.

— Neste 6 de janeiro, nosso lado não se envolverá em negacionismo eleitoral — Schumer disse. — Nossas lealdades estão com a Constituição e o Estado de Direito.

Quando questionada sobre a reformulação da revolta no Capitólio e se Trump aceita qualquer responsabilidade pelo que aconteceu em 6 de janeiro, sua porta-voz, Karoline Leavitt, se referiu em uma declaração aos “perdedores políticos” que tentaram atrapalhar sua carreira e afirmou que “a grande mídia ainda se recusa a relatar a verdade sobre o que aconteceu naquele dia”.

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