O Vale do Paramirim, um conglomerado que abrange diretamente mais de 12 municípios entre o Sudoeste e o centro da Bahia, é o novo eldorado mineral da Bahia conforme publicou Levi Vasconcelos neste último domingo em sua coluna no A Tarde.
Segundo o colunista, a Companhia Bahiana de Pesquisas Minerais (CBPM) vislumbra a exploração de reservas de 2 bilhões de toneladas de um mix que inclui ferro, grafeno, zinco, cobre e fosfato.
A ideia depende da viabilização da Fiol, mas, otimista, o vice-governador João Leão (PP), também secretário de Desenvolvimento Econômico, vislumbra um tempo novo numa das regiões mais pobres do Estado.
“Esses projetos vão inaugurar uma nova era na Bahia, como o Polo de Camaçari foi na década de 70”, lembrou Leão.
Emprego
A iniciativa vem no vácuo da Vale do Rio Doce, que deixou de produzir 7 milhões de toneladas de ferro após o desastre de Brumadinho. Gilberto Brito (PSD), prefeito de Paramirim, diz que o município produz hoje pedras ornamentais com seis mineradoras. Elas são tiradas de lá e lapidadas no Espírito Santo.
“Hoje vale mais pelo que gera de emprego, em torno de 200. De impostos, não. Foram R$ 500 mil em 2016 e R$ 200 mil ano passado”, disse o prefeito.
O gestor municipal conta que o potencial mineral regional é velho, remonta à origem da própria povoação da área, com os bandeirantes, que chegaram em Jacobina e de lá para o Vale do Paramirim, onde tiraram ouro do Morro do Fogo, em Érico Cardoso, a 12 km de Paramirim.