Deputado federal pela Bahia, João Roma (PRB) usa a frase “telefone só serve para marcar reunião em lugar errado” como mantra de alerta que não se deve usar o telefone para passar informações “quentes”, mas para despistar possíveis tentativas de grampo. “Sigo esse ensinamento do ex-presidente Tancredo Neves quando tenho de tratar de algo pessoal ou delicado”, falou o deputado que é vice-líder do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
O deputado não está sozinho. De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, vazamento de diálogos envolvendo autoridades acendeu uma luz amarela na Praça dos Três Poderes. No Congresso, a ação básica agora é a ativação da “confirmação em duas etapas” nos aplicativos de mensagens. A reportagem narra ainda que, na última semana, termos como “reforma da Previdência” e “crédito suplementar” deram lugar a “confirmação em duas etapas” e “criptografia”.
O clima é de vigilância constante após o vazamentos de mensagens do celular do Ministro da Justiça Sergio Moro. Deputados e senadores que não se atentavam para questões de segurança digital passaram a buscar medidas para garantir privacidade no mundo virtual.
No Planalto, onde trabalha o presidente, o gabinete de Segurança Institucional do general Helelo baixou ordem para que se usem aparelhos criptografados oferecidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).