Reaberta após intensos trabalhos de restauração que duraram cinco anos, catedral de Paris começou a receber fiéis para as celebrações de Natal, as primeiras no local desde incêndio devastador em 2019.Um número expressivo de fiéis compareceu, nesta terça-feira (24/12), à catedral de Notre-Dame, em Paris, para acompanhar às primeiras missas de Natal desde o incêndio de 2019.
“Estamos de volta a Notre-Dame, que acaba de ser devolvida ao culto e aos visitantes. O nosso coração está em festa!”, afirmou o Arcebispo de Paris, numa mensagem de Natal.
Em 2019, meses após o incêndio, Notre-Dame deixou de ser palco de missas de Natal pela primeira desde 1803. O interlúdio duraria ainda mais cinco anos, até a catedral ser reaberta no início deste mês.
Laurent Ulrich prestou homenagem aos “talentos mobilizados no local do restauro” que permitiram “apagar a dor do incêndio e os cinco anos de separação para deixar apenas a alegria do reencontro, a alegria de voltar a viver juntos esta casa comum, a casa de Deus”.
A catedral, uma obra-prima da arte gótica, com mais de 860 anos, foi palco de várias missas nesta terça-feira, que começaram a partir das 15h (11h em Brasília).
Depois de uma vigília musical a partir das 22h, terá início a tradicional Missa do Galo, à meia-noite, também conduzida por Laurent Ulrich.
Na quarta-feira, dia de Natal, o Arcebispo de Paris presidirá à missa às 10h, sendo que estão previstos outros dois serviços, de manhã e à noite.
“Não são possíveis reservas para missas de Natal” e o acesso à catedral estará “sujeito aos lugares disponíveis”, sublinhou a diocese de Paris.
O portal da Notre-Dame aconselhou, por isso, a chegar 30 minutos antes da hora das celebrações, “tendo em conta que as filas podem ser longas, correndo o risco de não conseguir aceder à catedral”.
O acesso à catedral continua sujeito a um limite rigoroso de 2.700 pessoas, enquanto o entusiasmo continua forte pelo acesso a este edifício.
“Este momento de Natal é um momento para expressar caridade e generosidade”, mas também “a esperança de que Deus não nos abandone”, sublinhou Laurent Ulrich, no domingo.
A catedral, um dos maiores tesouros arquitetônicos do mundo, foi quase destruída por um incêndio em 2019, A reconstrução teve um custo estimado em cerca de 700 milhões de euros, financiados por meio de doações.