Mergulhadores da Marinha do Brasil chegaram ao local do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre os estados do Maranhão e Tocantins, para reforçar as buscas pelos desaparecidos. De acordo com a corporação, um helicóptero UH-15 da Força Naval também foi enviado para transportar o sonar “sidescan”, equipamento com capacidade de realizar buscas no leito do Rio Tocantins, e uma equipe especializada para operá-lo.
No momento do colapso, diversos veículos caíram no rio. Até o momento, foram confirmadas quatro mortes e 13 pessoas permanecem desaparecidas.
A Marinha também deslocou um destacamento de militares especializados em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica do Rio de Janeiro (RJ), em um avião da Força Aérea Brasileira. Conforme Maurício Coelho Rangel, capitão de Mar e Guerra da Marinha, esse grupo será responsável pela detecção de vapores tóxicos na superfície do rio, com o objetivo de monitorar e descontaminar o material resgatado, além de proteger o pessoal envolvido nas operações, caso necessário.
O acidente aconteceu no último domingo (22), quando o vão central da ponte, localizada na BR-226, cedeu, derrubando pelo menos 10 veículos, incluindo quatro caminhões, três carros e três motocicletas. Em decorrência da colisão de cargas com substâncias químicas perigosas, as autoridades do Tocantins e Maranhão alertaram a população para não consumir as águas do Rio Tocantins na região afetada. Ao menos 19 cidades estão em alerta.
Segundo a Marinha, desde a manhã de segunda-feira (23), embarcações e equipes da Agência Fluvial de Imperatriz e da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins estão no local para apoiar as buscas e fornecer assistência à população. A Marinha também disponibilizou o laboratório do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) para análise das amostras de água coletadas.